Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Endres, Carla Teresinha |
Orientador(a): |
Tasca, Tiana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/234603
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Resumo: |
A tricomoníase é a infecção sexualmente transmissível (IST) não viral mais comum no mundo causada pelo agente etiológico Trichomonas vaginalis, que parasita o trato urogenital humano e causa sérias consequências para a saúde. O aumento da resistência do parasito ao metronidazol requer novas alternativas para o tratamento desta doença. Os produtos naturais podem se apresentar como uma alternativa promissora com fontes de moléculas relevantes. O ambiente marinho possui uma ampla biodiversidade, tornando-se uma alternativa para a pesquisa de novos fármacos. Alguns organismos marinhos podem estar associados a bactérias e fungos os metabólitos secundários desta combinação possuem estruturas químicas diferenciadas com atividades biológicas já descritas. Neste contexto, este estudo teve como objetivo avaliar a atividade anti-T. vaginalis de fungos associados a esponjas marinhas provenientes da Costa Brasileira. Seis espécies fúngicas isoladas de diferentes organismos marinhos entre esponjas e corais foram testados. A fração marinha Ponta Verde número 15 (FMPV15), derivada do fungo Penicillium citrinum revelou atividade tricomonicida, e a fração FMPV 51, do fungo Trichoderma longibrachiatum, também apresentou atividade contra os parasitos. O valor de concentração inibitória mínima (CIM) determinado foi de 0,5 mg/mL para P. citrinum . O extrato orgânico de P. citrinum foi fracionado por cromatografia em coluna por permeação em gel em Sephadex LH-20 e 12 frações foram obtidas. As frações 3A, 4A e 5A foram 100% ativas e apresentaram a citrinina com um pico de maior intensidade na identificação dos constituintes. A atividade anti T. vaginalis da citrinina foi de 200 µM. Considerando o impacto dessa infecção na saúde pública e a crescente resistência observada no tratamento de T. vaginalis, torna-se necessário a busca por novas alternativas para o tratamento da tricomoníase humana. Estes resultados destacam a importância da bioprospecção de metabólitos marinhos como moléculas de interesse farmacêutico. |