Hidrólise extracelular de nucleotídeos em trichomonas vaginalis: modulação enzimática pelo ferro e propriedades estruturais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Vieira, Patrícia de Brum
Orientador(a): Tasca, Tiana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233378
Resumo: Trichomonas vaginalis é o agente etiológico da tricomonose, a DST não viral mais comum no mundo. Os mecanismos de patogenicidade são complexos e o ferro desempenha um papel fundamental na regulação destes. O ferro modula a atividade de enzimas envolvidas na hidrólise de nucleotídeos extracelulares, como o ATP, os quais atuam como moléculas sinalizadoras na inflamação e resposta imune. Entretanto, pouco se sabe acerca desta modulação, especialmente considerando as particularidades dos isolados de T. vaginalis provenientes de pacientes de diferentes sexos. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi investigar o efeito do ferro na atividade das enzimas NTPDase e ecto-5’-nucleotidase. Isolados provenientes de pacientes do sexo feminino (padrões e frescos) e masculinos (somente frescos) foram tratados com quelante bipiridil, sulfato ferroso, hemoglobina e hemina. Técnicas de modelagem molecular foram utilizadas para a construção do modelo 3D da NTPDase. O ferro proveniente da hemoglobina e hemina ativaram a enzima NTPDase de isolados de pacientes do sexo feminino e a inibiram em isolados de pacientes do sexo masculino. Verificou-se um perfil de hidrólise de ATP, ADP e AMP distinto entre os isolados de pacientes do sexo feminino e masculino influenciado pela hemoglobina e hemina, indicando maior remoção do ATP citotóxico e eficiência no estabelecimento da infecção em mulheres, corroborando com a exacerbação dos sintomas observada no período pós-menstrual, onde essas fontes de ferro estão disponíveis. Os resultados revelam a participação do sistema purinérgico no estabelecimento da infecção por T. vaginalis através da degradação do ATP e produção de adenosina modulada pelo ferro. Modelos 3D para a NTPDase de T. vaginalis foram construídos. Neste contexto, a NTPDase e a ecto-5’-nucleotidase podem ser consideradas potenciais alvos terapêuticos para o desenvolvimento de novos fármacos anti-T. vaginalis.