Estudo do papel dos receptores adenosinérgicos na reconsolidação de memória espacial de longa duração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fiebrantz, Anne Karine Bosetto
Orientador(a): Silva, Weber Cláudio Francisco Nunes da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188395
Resumo: Até o momento não existem evidências suficientes que expliquem o papel dos receptores adenosinérgicos na reconsolidação de memória espacial de longa duração. Neste trabalho nós demonstramos que quando a adenosina é infundida bilateralmente na região CA1 do hipocampo dorsal de ratos (10 nmol/lado), imediatamente após uma sessão de teste de evocação realizada 24 horas pós-treino na tarefa do labirinto aquático de Morris (LAM), mas não 3 horas pós-teste, há prejuízo na reconsolidação recente da memória espacial previamente formada, conforme verificado em novos testes de evocação realizados 24 horas (reteste recente) e 5 dias (reteste remoto) após o primeiro teste. Este efeito amnésico da adenosina foi revertido pelos antagonistas A1 (DPCPX, 50 nmol/lado) e A3 (MRS 3777, 50 nmol/lado), mas foi mimetizado apenas pelo agonista A3 (HEMADO), e apenas no reteste remoto, não tendo causado qualquer efeito amnésico no reteste recente. Dentre os antagonistas, o antagonista A3 melhorou o desempenho mnemônico dos ratos no reteste remoto. Portanto nossos resultados indicam que a adenosina age na região CA1 hipocampal prejudicando a reconsolidação recente de memória espacial para a tarefa do LAM através de um mecanismo que envolve a ativação de receptores A1 e A3, e que a adenosina endógena presente na mesma região pode participar como modulador da reconsolidação recente da memória de longa duração remota, prejudicando sua persistência via receptores A3.