O papel dos receptores histaminérgicos (H1 e H2) na região CA1 do hipocampo na reconsolidação da memória discriminativa em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Queiróz, Ariley da Silva
Orientador(a): Benetti, Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/172632
Resumo: O sistema histaminérgico no sistema nervoso central (SNC) apresenta funções que modulam o aprendizado e consolidam a memória. O objetivo foi estudar o efeito da histamina através dos receptores histaminérgico (H1 e H2) na reconsolidação da memória discriminativa na região CA1 do hipocampo de ratos. Foram utilizados 153 ratos Wistar submetidos à cirurgia exterotáxica para implantação de cânulas guia na região CA1 do hipocampo. Os animais foram habituados por quatro dias consecutivos no campo aberto durante 20 minutos. Na sessão de treino os ratos foram expostos a dois diferentes objetos (A e B) por 5 min. Após 24h (reativação), um dos objetos foi trocado para um novo (objeto C), e os ratos foram reexpostos no campo aberto por 5 min. Imediatamente após, os animais receberam infusões bilaterais intra-CA1 dos agonistas/antagonistas histaminérgicos. O teste da reconsolidação da memória discriminativa foi realizado na tarefa de reconhecimento de objetos (RO). Os dados foram expressos pela média ± erro padrão da média para o teste de t-student para p<0,05 de significância. Foi realizado 3 dias, 7 dias ou 10 dias após a sessão de reativação. Resultados:Nossos dados mostraram que 3 dias após a infusão tanto os grupos salina (56.69 ± 4,651) quanto o grupo histamina (61.10 ± 4,712) exploraram mais o objeto novo (D) em relação ao objeto familiar. Em 7 dias após a reativação os animais tratados com histamina (55.96 ±7,022) exploraram mais o objeto (D) em relação ao objeto familiar, comparados aos salina (39.40 ± 4,845) p< 0,01. No teste do dia 10 não houve mais diferença estatística entre os grupos p>0.05. O SKF 91488 mostrou que o aumento da histamina endógena induz a melhora a memória discriminativa quando testados 7 dias (57.60 ± 5.210) comparado ao salina (48.09 ± 7.582) para p<0,001. O agonista H2 Dimaprit (56.14 ± 7.425) também melhorou a memória discriminativa comparado à salina (49.04 ± 9, 309) p < 0,05. O mesmo não ocorreu com o agonista H1 Piridiletiletanolamina (52.93 ± 8.946) e o grupo salina (49.04 ± 9,309). Nas coinfusões os antagonistas e histamina, os animais que receberam Pirilamina + histamina (56.41 ± 6.694) e histamina (60.04 ± 10.16) obtiveram uma taxa exploratória maior do objeto novo comparado a os animais que receberam Ranitidina + histamina (51.06 ±7.238) e o salina (47.04 ± 4.718) que tiveram a memória bloqueada com significância de p<0.05. As doses utilizadas nas infusões intra- CA1 bilaterais foram de (1μl) de salina, Histamina 10mM/μl, SKF 91488 50mM/μl, os agonistas Piridiletiletanolamina (PEA) e Dimaprit nas doses de 10mM/μl e os antagonistas Pirilamina e Ranitidina nas doses de 50mM/μl. De acordo com os dados obtidos neste estudo pode-se concluir que a histamina infundida na região CA1 do hipocampo dorsal de ratos imediatamente após a reativação melhora a memória discriminativa na tarefa de RO via receptor do tipo H2.