Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Boeira, Luciana Fernandes |
Orientador(a): |
Cezar, Temistocles Americo Correa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/88323
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Resumo: |
No Brasil do século XIX, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), fundado na Corte do Rio de Janeiro, em 1838, foi o local escolhido pelo governo central para dar vida ao projeto de forjamento de uma história pátria capaz de oferecer ao país um discurso histórico próprio e que o mostrasse como uma unidade política indivisa e carregada de princípios unificadores nacionais. Sob o manto protetor da Monarquia Constitucional, considerada o principal fator de união dos membros da jovem nação brasileira, coube, principalmente, ao IHGB pensar essa nação intelectualmente, por meio da promoção da História e da Geografia. Dessa maneira, a fim de cumprir sua meta de composição de uma história para o Brasil, o IHGB se propôs a coletar, em todas as províncias que formavam o vasto território nacional, informações que pudessem servir para a composição da História e da Geografia brasileiras, centralizando no Rio de Janeiro, sede da Monarquia, o material recolhido por todo o país. Esse trabalho passou a contar com um novo braço quando, na Província do Rio Grande do Sul, foi fundado o Instituto Histórico e Geográfico da Província de São Pedro (IHGPSP), associação letrada com propósitos semelhantes aos do IHGB. Assim, tendo que lidar com a criação de uma associação congênere à sua (e justamente em uma das províncias mais belicosas do Império), o IHGB precisou responder ao pedido de filiação do IHGPSP. Mais ainda: necessitou lidar com o estabelecimento de uma instituição que tinha como finalidade narrar a história do Rio Grande, tarefa até então mantida sob seu controle. O presente trabalho tem por objetivo compreender como se deu o processo de constituição de uma escrita da história sobre o Rio Grande do Sul ao longo do século XIX tendo como estratégia principal a análise do material sobre o Rio Grande coletado, principalmente, em dois periódicos oitocentistas: a Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a Revista do Instituto Histórico e Geográfico da Província de São Pedro, tomadas como as principais publicações que, durante o período imperial, se ocuparam da narrativa da história rio-grandense. A pesquisa pretende, igualmente, investigar o IHGPSP e o IHGB como lugares sociais de prática historiográfica e, ainda, se debruçar sobre o papel dos principais letrados que estiveram envolvidos no processo de elaboração de uma escrita da história rio-grandense dentro dessas instituições. |