Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Luz, Luciana Batista |
Orientador(a): |
Montagner, Francisco |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/219682
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Resumo: |
Embora o uso de tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFCs) seja indicado frequentemente para avaliação pré e pós-operatória em situações de traumatismos dentoalveolares, não há estudos na literatura que mensurem o impacto da sua utilização na determinação de diagnóstico e na tomada de decisão. Portanto, o objetivo deste estudo foi identificar se a modalidade de exame de imagem adotada, especificamente radiografias periapicais (RPs) e TCFCs, interfere no diagnóstico, decisão de conduta terapêutica e segurança de endodontistas em casos de traumatismo dentoalveolar. Doze endodontistas receberam, via Google Drive, quinze casos de traumatismo dentoalveolar com histórias clínicas simuladas e RPs e responderam à questões referentes ao diagnóstico, conduta clínica e segurança na realização de ambos. Um mês após, os participantes receberam os mesmos casos, com as mesmas histórias clínicas e questionários semelhantes, mas com imagens de TCFC. Para cada item de diagnóstico, solicitou-se aos participantes que atribuíssem um dos escores: 1 – “não observo”; 2 – “estou em dúvida”; 3 – “observo”. Foram fornecidas opções de condutas terapêuticas para que os participantes indicassem qual delas seria atribuida a cada caso clínico. Uma escala Likert de 5 pontos foi utilizada para que o participante indicasse o grau de segurança ao tomar a decisão diagnóstica e conduta terapêutica. Os dados foram coletados e dispostos em planilha de cálculo, seguido das análises estatísticas descritiva e inferencial. Observou-se diferença na percepção diagnóstica quando se avaliou a condição clínica por meio de RP e de TCFC (Teste de Wilcoxon, P = 0,0229), sendo que maiores dúvidas foram observadas com o uso de RP. Em relação às condutas terapêuticas, a opção de “Não realizar tratamento endodôntico e solicitar TCFC” foi a mais frequente, sendo adotada em 36,1% das respostas, após a análise da situação clínica, com auxílio de RP. Após a análise das TCFCs, a maioria dos participantes optou por realização de tratamento endodôntico convencional. Intervenções clínicas são mais frequentemente propostas quando o participante avalia a condição clínica por meio de TCFC do que RP (Teste de Wilcoxon, P<0.0001). Não houve diferença estatisticamente significante entre o grau de segurança dos participantes ao emitir o diagnóstico quando utilizaram RP ou TCFC (Teste de Wilxocon; P>0,05). Porém, houve diferença entre RP e TCFC na segurança para a escolha do tratamento (Teste de Wilcoxon; P <0,05). Participantes que se demonstraram inicialmente mais inseguros ao emitir diagnóstico ou propor tratamento ganharam segurança ao utilizar TCFC (Teste de Wilcoxon, P<0,05). Comportamento inverso foi observado para os participantes “inicialmente seguros”. O nível de confiança estabelecido pelos participantes que optaram por “não intervir” ao avaliarem RP e TCFC não diferiu (Teste de Wilcoxon, P>0,05). O nível de confiança estabelecido pelos participantes que optaram por “intervir” ao avaliarem TCFC foi menor do que para RP (Teste de Wilcoxon, P<0,05). Assim, conclui-se que a TCFC influencia as condutas de diagnóstico e de conduta clínica propostas após a análise de casos de traumatismos dentoalveolares ao mesmo tempo que diminui a segurança dos profissionais na realização do diagnóstico e conduta terapêutica nesses casos clínicos. |