A ciência política norte-americana e o comportamentalismo : uma análise dos discursos presidenciais da American Political Science Association

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Mörschbächer, Melina
Orientador(a): Peres, Paulo Sergio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/141267
Resumo: O presente trabalho faz uma análise do período formativo da Ciência Política nos Estados Unidos, com o objetivo de mostrar que o ideal científico que caracterizaria o Comportamentalismo como paradigma hegemônico da disciplina nos anos 1950-1970 já estavam presentes desde a fundação da American Polítical Science Association [APSA], em 1903. Portanto, a chamada “revolução comportamentalista” não foi um movimento abrupto e repentino, mas sim o resultado de uma longa disputa teórico e metodológica que se travou no interior da APSA, especialmente nas páginas de sua principal revista, a American Political Science Review [APSR]. Neste sentido, o argumento defendido neste estudo é o de que o conjunto de características que passaram a definir o Comportamentalismo já estava sendo debatido e gestado desde o início do século XX. Do ponto de vista teórico, o estudo adota a perspectiva institucional histórica, focando na formação institucional da APSA, mas também recorre a conceitos centrais da abordagem de Thomas Kuhn, tais como as concepções de paradigma, de ciência normal e revolução científica. O material analisado abrange dados bibliográfico-documentais, os discursos oficiais dos presidentes da APSA, de 1903 a 1969, e bibliografia primária [textos de debate teórico-metodológico publicados na APSR] e secundária [textos sobre a história da disciplina]. Os documentos e textos secundários são analisados por meio de interpretação documental; os discursos presidenciais são examinados por meio da técnica de análise de conteúdo. Neste último caso, a intenção era detectar a defesa do ideal científico [método e abordagem] e alguma postura científica para a Ciência Política. Os resultados dão suporte ao argumento central, qual seja, que as diretrizes científicas preconizadas pelo Comportamentalismo foram apresentadas muito antes do período de hegemonia reconhecido pela literatura especializada.