Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Treis, Manoella Cará |
Orientador(a): |
Ramos, Marilia Patta |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/235929
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Resumo: |
A endometriose é uma patologia caracterizada pela presença de tecido endometrial de caráter benigno fora da cavidade uterina. A doença se manifesta pelas dores agudas no período menstrual; dor durante as relações sexuais; dor e sangramentos intestinais e urinários durante a menstruação; e infertilidade. Grupos de interesse, ativistas e movimentos sociais sobre endometriose, em vários países, perceberam e identificaram que os problemas vivenciados diante da doença são pautas para se abordar em nível político, começando uma busca de acesso à agenda governamental. A partir disso, buscamos compreender a trajetória da temática da endometriose no Brasil e na Austrália e como ocorre a formação da agenda governamental em ambos os países. Optamos por realizar um estudo de casos múltiplos, esperando resultados distintos quanto a formação de agenda e formulação de políticas públicas. A escolha dos países se deve a sua trajetória distinta, assim, como resultados distintos, tendo em vista o percurso da temática na agenda e a formulação de políticas. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo analisar o processo de formação da agenda governamental ou o bloqueio da agenda, diante das políticas públicas para portadoras de endometriose no Brasil e na Austrália. Para dar conta de responder a questão de pesquisa, buscamos identificar os atores envolvidos no processo de formação da agenda e sua formulação, apresentar o posicionamento de cada um dos atores e sua contribuição na formação da agenda, descrever as ações que influenciaram a formação da agenda ou o seu bloqueio, apresentar dados empíricos e demonstrações do processo de entrada na agenda e compreender e demonstrar o motivo da formulação e não formulação de políticas públicas sobre a endometriose nos países. A pesquisa apresenta um mapeamento com base em documentos governamentais, com o intuito de analisar as trajetórias e identificar as contribuições dos atores envolvidos no processo de identificação do problema e de entrada na agenda. As lacunas encontradas na documentação, foram estímulos para o desenvolvimento de um roteiro semiestruturado para realização de entrevistas com os parlamentares e atores envolvidos no processo de formação de agenda, com o intuito de suplementar as trajetórias, tanto no Brasil como na Austrália. Assim, podemos constatar que na Austrália o processo de entrada na agenda inicia em março de 2017, sendo em 2018 formulado e apresentado em julho, o Plano de Ação Nacional de Endometriose. No Brasil, o processo iniciou em 2013, com bloqueios de agenda, debates e novas tentativas de agenda, que em 2021 está em trâmite no Senado. |