Eficácia da melatonina no tratamento da endometriose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Santos, Claudia Carina Conceição dos
Orientador(a): Caumo, Wolnei
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/67646
Resumo: Introdução: Endometriose é uma doença benigna que afeta mulheres em idade fértil. Tem caráter multifatorial estrogenodependente associado à resposta inflamatória generalizada na cavidade peritoneal e sendo a causa mais comum de dor pélvica crônica. Objetivos: O estudo comparou o efeito da melatonina (10 mg/dia) com placebo na dor e níveis séricos do Brainderived neurotrophic factor (BDNF) de pacientes com endometriose. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, em paralelo, controlado com placebo. Foram incluídas mulheres com idade entre 24 e 52 anos com diagnóstico de endometriose por laparoscopia selecionadas a partir da agenda diária de consultas do ambulatório de Ginecologia e por chamamento na mídia local, no período de setembro de 2010 a abril de 2012. Foram utilizados questionários para avaliar a frequência e a intensidade da dor (na relação sexual, na micção e no trabalho), sintomas depressivos, nível de pensamento catastrófico e o Structured Clinical Interview for DSM-IV (SCID) para diagnósticos psiquiátricos.Resultados: Na analise por intenção de tratar a média de dor no período menstrual foi de 4,8 cm ± 0,15 no grupo que recebeu melatonina (n=20) e de 6,9 cm ± 0,13 no grupo placebo (n=20), com diferença média (ajustada para o efeito de cada paciente) de 2,147 cm na escala análogo visual de dor (EAV) (IC 95%; 1,767 a 2,527; p<0,001). Também houve diferença entre as médias de dor ao urinar (diferença média=0,660; IC 95%; 0,348 a 0,971; p<0,001) e dor ao evacuar (diferença média=0,515; IC 95%; 0,180 a 0,849; p=0,003). Pacientes que receberam melatonina tiveram redução nos níveis séricos de BDNF. Conclusões: O uso da melatonina foi associado à redução da dor mesmo fora do período menstrual em pacientes com endometriose. O tratamento também reduziu os níveis de BDNF, sugerindo mudança em sistemas moduladores de dor. Tais achados sugerem que a melatonina é eficaz no tratamento da endometriose.