Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Monique Maria Franco da |
Orientador(a): |
Paz, Ana Helena da Rosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/275109
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Resumo: |
Os neutrófilos são importantes células do sistema imune, que atuam de diferentes formas e assumem fenótipos de acordo com o ambiente que estão inseridos. De forma simplificada, podemos considerar que existem neutrófilos inflamatórios – N1, e anti-inflamatórios – N2, além de sua forma de repouso, ou naive. Os perfis, N1 e N2, podem estar relacionados com patologias. Dentre as possíveis formas para modular o perfil de neutrófilos, está a terapia celular com as células estromais mesenquimais (MSC). As MSC são células multipotentes que podem ser obtidas de vários tecidos adultos, como tecido adiposo, medula óssea, ou anexos embrionários. O potencial imunomodulatório das MSC é conhecido e bem estudado em células imunes como macrófagos, monócitos e linfócitos, porém muito pouco estudado em neutrófilos. Assim, este trabalho teve como objetivo explorar os efeitos de MSC da membrana coriônica (cMSC) sobre neutrófilos maduros, utilizando diferentes tratamentos derivados de cMSC: Meio condicionado, micropartículas de membrana (MP-cMSC) e co-cultivo. As MP-cMSC são uma alternativa de tratamento livre de células que contorna alguns problemas da terapia com células integras, mas mantém a possibilidade de interação da célula alvo com proteínas de membrana das MSC mimetizando o contato célula-célula. Como comparativo, utilizaram-se neutrófilos naive, neutrófilos induzidos N1 e neutrófilos induzidos N2. Observou-se que o tratamento com todos os derivados de cMSC apresentaram efeitos sobre a funcionalidade dos neutrófilos. tratamento com meio condicionado, e, portanto, efeitos parácrinos, apresentou uma redução na taxa de apoptose, leve aumento na produção de espécies reativas de oxigênio, aumento do potencial imunossupressor e alterações enzimáticas compatíveis com um perfil semelhante ao anti-inflamatório. Enquanto isso, os efeitos de redução na taxa de apoptose, imunossupressão e alterações enzimáticas não foram significativamente relevantes para MP-cMSC. Isso indica que grande parte dos efeitos avaliados não se deve a interação íntima dos neutrófilos com proteínas de membrana das cMSC. No entanto, as MP-cMSC aumentaram a produção de espécies reativas de oxigênio, indicando uma maior atividade antimicrobiana. Ainda assim, o tratamento com MP-cMSC não se assemelha ao perfil N1, indicando um fenótipo diferente dos extremos N1 e N2. Para o grupo de co-cultivo de cMSC, foram observados resultados intermediários, visto que esse tratamento possui tanto interações parácrinas quanto interações célula-célula. Podemos concluir que as cMSC e seus produtos possuem efeitos na modulação de neutrófilos indicando que o meio condicionado apresenta um maior potencial para induzir o fenótipo semelhante ao anti-inflamatório. Contudo, mais estudos são necessários para compreender o mecanismo de ação dos diferentes produtos de cMSC nesse tipo celular. |