Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Lacerda, Luciana de Almeida |
Orientador(a): |
Diaz Gonzalez, Félix Hilário |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/248570
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Resumo: |
O interesse pela medicina transfusional e a imunohematologia tem crescido nos últimos anos na medicina veterinária e muitos trabalhos sobre tipagem sangüínea de felinos domésticos e silvestres foram realizados no mundo, mas até agora pouco se sabe sobre felinos brasileiros. Os felinos apresentam um grupo sangüíneo composto de três tipos A, B e AB. A tipagem sangüínea e a titulação de aloanticorpos são importantes para evitar reações transfusionais e isoeritrólise neonatal. A probabilidade de ocorrência de uma reação transfusional em um felino depende da prevalência local dos tipos sangüíneos e dos títulos de aloanticorpos. A determinação dos títulos de aloanticorpos auxilia na estimativa do risco e da severidade de uma reação transfusional após uma transfusão não compatível em uma população de gatos. O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência dos tipos sangüíneos e titulação de aloanticorpos em felinos domésticos, sem raça definida, da cidade de Porto Alegre, Brasil. Para este estudo, foram selecionados aleatoriamente 100 gatos, sem raça definida e sem parentesco entre si (36 machos e 64 fêmeas), com peso maior que 2 kg, clinicamente saudáveis, sem histórico de transfusão prévia, de proprietários particulares da cidade de Porto Alegre. Amostras de sangue foram coletadas através de punção da veia jugular. A tipagem sangüínea foi realizada através de teste em cartão (RapidVet H Feline - DMS Laboratories, Flemington, USA) e um teste de hemaglutinação, em tubo de ensaio, foi realizado nos casos de autoaglutinação ou para confirmação de tipo B ou AB. A titulação de aloanticorpos foi determinada no soro de cada animal. No presente estudo encontrou-se uma prevalência de 97% de gatos tipo A e 3% de gatos tipo B. Não foram encontrados gatos tipo AB. Todos os gatos do tipo A e B apresentaram títulos de aloanticorpos variados com aglutinação macroscópica evidente ou microscópica. Nenhum gato apresentou anticorpos contra o próprio tipo e apenas um gato do tipo A não apresentou aglutinação das células do tipo B. Baseado nos títulos encontrados no presente estudo, conclui-se que a transfusão de sangue do tipo A ou AB em gatos do tipo B apresenta risco relativo de 33,3% de reação aguda severa e 66,6% reação aguda leve nos receptores felinos. A transfusão de sangue do tipo AB ou B em gatos do tipo A apresenta um risco potencial de reação aguda severa em 1,0%, reação aguda leve em 37,1% e destruição prematura dos eritrócitos em 60,8% dos receptores felinos. É essencial assegurar a compatibilidade entre doador e receptor antes de qualquer transfusão sangüínea em felinos, sendo os métodos recomendados a prova cruzada e a tipagem sangüínea. |