Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Costa, Cláudio Sérgio da |
Orientador(a): |
Nobile, Marcia Finimundi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/237631
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Resumo: |
A presente tese tem como foco apresentar a importância do conhecimento sobre Neurociências aplicada à Educação a partir do ponto de vista dos professores da rede pública estadual de ensino fundamental de uma cidade do sul de Santa Catarina. No decorrer da pesquisa buscou-se identificar os aspectos das Neurociências relacionados à Educação que possam subsidiar e contribuir para a formação dos professores, apontar as contribuições da Neurociências para a Educação, especificamente quanto à compreensão do processo de aprendizagem, verificar se os professores têm conhecimento da Neurociências na Educação e se utilizam em sua prática docente, identificar se os conhecimentos da Neurociências e Educação fazem parte dos conteúdos de estudo da formação continuada dos professores da rede pública do ensino fundamental de cidade do sul de Santa Catarina-SC. Optou-se pela realização de uma pesquisa mista, com abordagem qualitativa e quantitativa, de natureza aplicada e cunho exploratório. A abordagem qualitativa obteve-se a partir do levantamento de dados por meio de revisão bibliográfica, a partir de autores da área de Educação, Neurociências, Neuroeducação e formação de professores. O campo de pesquisa foi composto por 62 professores do Ensino Fundamental que lecionam na rede pública estadual de uma cidade do sul de Santa Catarina - SC. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário fechado, composto por 20 questões e aplicado a um grupo acima nomeado. Como etapa inicial do estudo, aplicou-se um instrumento de identificação do professor para realizar um breve levantamento do perfil das docentes participantes da formação continuada. Um termo de consentimento livre e esclarecido foi lido e assinado pelas participantes em que todos concordaram com a divulgação dos dados coletados nos questionários de pré e pós-teste. Os tópicos abordados nos questionários pré e pós-teste referem-se ao conhecimento sobre Neurociências e Educação. Os resultados apontaram também, que estes profissionais possuem formação acadêmica compatível com o seu grau de atuação, no entanto, ao serem abordados sobre o conhecimento sobre Neurociências. Outro aspecto evidenciado pela pesquisa junto aos professores foi o alto índice de respostas afirmativas no questionamento sobre a existência de uma relação entre Neurociências e Educação 98,4%, o que indica, de certa forma, uma contradição, pois a maioria destes professores afirmou não ter tido nenhum contato com a Neurociências durante sua formação inicial. A análise dos dados quantitativos coletados por meio dos questionários de pré e pós-testes, mostra que os conteúdos abordados nos encontros de formação continuada trouxeram esclarecimentos sobre a temática proposta, visto que diversas questões que anteriormente à formação não faziam parte dos saberes das docentes participantes ou eram compreendidas de forma distorcida ou errônea, passaram a constituir um entendimento mais acurado sobre as relações entre funcionamento, desenvolvimento cerebral, meio, estímulos, emoções, memórias e aprendizagem. Assim, entende-se que o objetivo da pesquisa que foi o de verificar os conhecimentos dos docentes sobre Neurociências antes e depois de um curso de formação continuada foi alcançado. Neste sentido, reconhecemos a formação continuada como imprescindível para a melhoria da Educação. Este estudo apontou que conciliar os aportes teóricos advindos da Neurociências com as propostas pedagógicas pode ser uma das possibilidades para melhorar o processo de ensino e aprendizagem, ressaltando que não se trata de propor uma Pedagogia nova, mas de fazer uso de conhecimentos científicos que podem auxiliar na compreensão de como o cérebro aprende, reforçando a ideia de que quando não se pode aprender da maneira como nos ensinam, podemos tentar ensinar da maneira que podemos aprender. Defende-se que é necessário o avanço no debate da formação e atuação docente com base no reconhecimento das bases neurocientíficas do aprendizado, e das facetas que compõem o cérebro e suas conexões, e como esses elementos favorecem não só a elaboração de estratégias que maximizem a aprendizagem, mas acima de tudo posicionem os docentes como agentes centrais no processo de mediação, ação esta que deve ser contemplada com base na compreensão as particularidades e potencialidades desses alunos, à luz dos avanços teóricos, científicos e procedimentais sob os preceitos da Neurociências. O caminho bidirecional entre sala de aula e a Neurociências pode ser longo, mas pressupondo-se os possíveis benefícios, é, certamente, um investimento que valerá a pena. |