Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
FERREIRA, Hércio da Silva
 |
Outros Autores: |
https://orcid.org/0000-0003-3417-0174 |
Orientador(a): |
GONÇALVES, Tadeu Oliver
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Criatividade e Inovação em Metodologias de Ensino Superior
|
Departamento: |
Instituto de Educação Matemática e Científica
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/12809
|
Resumo: |
Há várias décadas que a Neurociência vem se destacando no meio científico através de resultados auspiciosos para a Educação. Porém, levar esses resultados para a sala de aula está sendo a grande dificuldade a ser superada. Pensando nisso, vários pesquisadores propuseram modelos de pesquisa multi ou interdisciplinar na tentativa de resolver esse problema e, não apenas isto, alguns sugerem caminhos de mão dupla, isto é, que educadores possam também levar os resultados de pesquisa relativos ao processo ensino-aprendizagem à Neurociência. Com base nestes modelos, surgiram várias propostas de criação de uma nova área das ciências, cuja denominação apresenta vários rótulos, dentre os quais se destacam “Neuroeducação” e “Ciência da Mente, Cérebro e Educação”. Encontramos nesses modelos quase um consenso quanto às áreas das ciências que deverão compor este novo campo científico, a saber: Educação, Psicologia e Neurociência. Escolhemos usar a denominação Neuroeducação para nos referirmos a esse campo emergente. Nesta pesquisa, propomos uma aproximação entre a Neuroeducação e a Teoria das Situações Didáticas (TSD) de Guy Brousseau, através de um Modelo de Pesquisa Neuroeducacional Multidisciplinar. Este Modelo possibilitou a realização de discussões a respeito da viabilidade de inserção de resultados da Abordagem Neopiagetiana de Bidell e Fischer (2017) e da Neurociência Socioafetiva de Immordino-Yang na TSD. Acreditamos que uma das causas da dificuldade de aprendizagem em matemática escolar está no fato de o professor não considerar a diversidade encontrada em sala de aula, que nesta pesquisa está representada por fatores contextual (contexto de aprendizagem em sala de aula), socioeconômico (status socioeconômico dos alunos) e socioemocional (ansiedade matemática). As discussões nos levaram a refletir sobre estratégias de ensino que contemplem a mudança do contexto de aprendizagem em sala de aula (através de apoio contextual) e a criação de significado para o conhecimento matemático ( através de trabalhos extraclasses que proporcionem aos alunos oportunidade de aplicar os conhecimentos matemáticos adquiridos na escola em atividades cotidianas, tais como o esporte, as profissões, etc.). Essas estratégias podem ajudar na elevação do nível de desempenho matemático dos alunos, na adaptação de alunos menos favorecidos socioeconomicamente à matemática escolar e na identificação, remediação ou reversão da ansiedade matemática, além de atuarem como agentes motivacionais na aprendizagem matemática. A viabilidade de inserção dessas estratégias de ensino na TSD e as suas possíveis contribuições na aplicação dessa teoria são discutidas ao longo do texto e apresentadas ao final como uma Proposta Neuroeducacional de aplicação da TSD. Nesse sentido, nossa Proposta Neuroeducacional sugere complementações na atuação do professor em cada momento didático da TSD para que possamos refletir sobre a possibilidade de amenizarmos ou revertermos os casos de dificuldade de adaptação à matemática escolar e de ansiedade matemática. |