Variabilidade da tolerância à submersão em Echinochloa crus-galli e implicações para o seu controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Turra, Guilherme Menegol
Orientador(a): Merotto Junior, Aldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/252808
Resumo: O capim-arroz (Echinochloa crus-galli) é uma das principais espécies de plantas daninhas na lavoura de arroz. A evolução da resistência a herbicidas e da tolerância à submersão torna seu controle mais complexo. Os objetivos deste estudo são determinar o efeito da altura e do momento da entrada da lâmina de água, em interação com herbicidas pré-emergentes, no controle de capim-arroz com diferentes níveis de tolerância à submersão e padrões de resistência a herbicidas, e identificar genes potencialmente envolvidos na regulação da tolerância à submersão. Biótipos de capim-arroz tolerantes, moderadamente tolerantes e sensíveis à submersão foram selecionados com base em experimentos de curva lâmina-resposta conduzidos em casa de vegetação. Após, foi avaliada a expressão relativa de genes envolvidos nos processos de respiração anaeróbica e metabolismo de carboidratos, potencialmente ligados com a tolerância à submersão. Finalmente, foi realizado um experimento de campo para avaliar a interação de altura de lâmina, época de entrada de água e aplicação de herbicidas sobre biótipos com diferentes tolerâncias à submersão e mecanismos de resistência a herbicidas. As lâminas de água de 0, 7,5 e 12,5 cm foram selecionadas para o diagnóstico da tolerância à submersão e a variável altura de plantas como indicadora. A lâmina de 7,5 cm reduz, em média, 26,82% da altura de plantas após 28 dias sob condição de submersão. A partir do efeito dessas lâminas de água foram selecionados os biótipos com diferentes níveis de tolerâncias à submersão. Dos 45 biótipos avaliados, 43 superaram a lâmina de 7,5 cm e quatro tiveram a capacidade de superar a lâmina de 12,5 cm. A expressão relativa dos genes ADH1, ADH2, PDC1, ALDH e SUS3 foi de 8 a 16 vezes maior para o biótipo tolerante MOST-51 em relação ao sensível, indicando similar importância destes genes em relação a cultura do arroz. No estudo de campo, a antecipação da irrigação para o estádio V2 resultou em aumentos de eficiência de controle que variaram de 0,6 a 55,6% para todos os biótipos avaliados, incluindo os que apresentavam resistência a herbicidas. Além disso, sem aplicação de herbicidas, a entrada de água em V2 reduziu o número de plantas do biótipo sensível de 14,4 para 1,25. A altura de plantas pode ser utilizada para discriminar biótipos em relação à tolerância à submersão e à expressão de genes responsáveis pelo metabolismo anaeróbico durante o crescimento inicial. O momento de entrada de água é mais importante que a altura da lâmina de água para o controle de capim-arroz. A antecipação da entrada de água na lavoura de arroz complementa o efeito dos herbicidas para o controle de biótipos de capim-arroz.