Resposta de Echinochloa crus-galli a fenoxaprop-p-ethyl formulado com protetor e resistência cruzada negativa a clomazone

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cutti, Luan
Orientador(a): Merotto Junior, Aldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/248965
Resumo: O capim-arroz é uma das principais espécies resistentes a herbicidas no mundo. No Brasil, existe grande ocorrência de biótipos resistentes aos herbicidas inibidores da ALS e quinclorac, sendo que atualmente herbicidas inibidores da enzima ACCase são alternativas para o controle de biótipos resistentes. No entanto, seu uso contínuo pode favorecer a evolução da resistência também para esse mecanismo de ação. O incremento de metabolização está associado a diversos biótipos de capim-arroz resistentes às imidazolinonas. Este mecanismo de resistência pode simultaneamente alterar processos de ativação de herbicidas. Biótipos resistentes podem ser manejados também com o herbicida clomazone, que necessita ser metabolizado na planta para ser ativo, e apresenta poucos casos de resistência no mundo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a evolução da resistência a herbicidas inibidores da enzima ACCase e identificar a ocorrência de resistência cruzada negativa ao herbicida clomazone em populações resistentes a inibidores de ALS em capim-arroz (Echinochloa crus-galli). Experimentos de curva de dose-resposta foram conduzidos em casa de vegetação. A resistência ao herbicida fenoxaprop-p-ethyl formulado com protetor isoxadifen-ethyl (Starice®) e sem protetor (Podium®) foi testada sem e com aplicação de inibidores de enzimas P450 e GST previamente ao herbicida. Para o experimento de resistência múltipla foram testados os herbicidas quinclorac e imazethapyr em biótipo já caracterizado como resistente a fenoxaprop-p-ethyl. A resistência cruzada negativa (RCN) foi testada com aplicação de clomazone em quatro biótipos suscetíveis e quatro resistentes às imidazolinonas por metabolização. O biótipo 7.9 é resistente ao herbicida fenoxaprop-p-ethyl formulado com o protetor isoxadifen-ethyl, apresentando fator de resistência de aproximadamente seis. A aplicação de fenoxaprop-p-ethyl sem o protetor reverteu a resistência. A aplicação de inibidor de enzimas P450 não teve efeito negativo na resistência, enquanto que o uso de inibidor de enzimas GST foi eficiente em reduzir o fator de resistência de algumas variáveis. A resistência múltipla aos herbicidas quinclorac, imazethapyr e fenoxaprop-p-ethyl foi comprovada. Para o imazethapyr as enzimas GST apresentam papel na detoxificação. Verificou-se resistência cruzada negativa ao clomazone em biótipos resistentes às imidazolinonas por incremento de metabolização. O uso de inibidor de P450 reverteu a RCN. A ocorrência de RCN ao herbicida clomazone favorece a sua utilização no manejo da resistência em capim arroz. Foi comprovada a ocorrência de resistência a fenoxaprop-p-ethyl formulado com o protetor isoxadifen-ethyl em uma população de capim-arroz, o que acentua a necessidade de utilização de práticas de prevenção à evolução da resistência a herbicidas na cultura do arroz.