Estudo dos efeitos de uma dieta com azeite de oliva sobre o cuidado materno, o comportamento e biomarcadores no hipocampo de ratas submetidas à separação materna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silveira, Ana Caroline Silva
Orientador(a): Krolow, Rachel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/283280
Resumo: O período gestacional e lactacional é extremamente sensível a fatores ambientais, como a nutrição materna e o estresse. Esses fatores podem influenciar na saúde da mãe e da prole. O estresse da separação materna induz a ruptura do vínculo mãe e filhote, desencadeando comportamento depressivo e ansioso nas mães, intervindo no cuidado materno e consequentemente no desenvolvimento da prole. Diante disso, o consumo de dietas ricas em antioxidantes e ácidos graxos monoinsaturados, como o azeite de oliva, têm demonstrado efeitos benéficos sobre distúrbios neurológicos e alterações metabólicas, sendo associado à reduções no risco de desenvolvimento de depressão pós-parto, além de reduzir o efeito do estresse sobre as células e melhorar a função cognitiva. Assim, o objetivo foi avaliar os efeitos do consumo de azeite de oliva durante a gestação e lactação sobre o cuidado materno, o comportamento emocional e os níveis de marcadores bioquímicos no hipocampo dorsal de mães que sofreram separação da prole. Ratas Wistar no primeiro dia de gestação foram alocadas em 2 grupos: ração padrão + óleo de soja ( OS) e ração padrão + azeite de oliva (AO). Após o nascimento, os grupos foram subdivididos em: Intacto OS; Intacto AO; Separado OS e Separado AO. A separação materna (SM) ocorreu do dia pós-natal 1 ao 10, por 3 horas/dia. Após o desmame dos filhotes, as mães passaram por testes comportamentais de campo aberto, memória de curto-prazo no teste de novo local do objeto e nado forçado. Também foram avaliadas proteínas do metabolismo energético envolvidas com a plasticidade, o hormônio ocitocina e seu receptor e os níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) no hipocampo dorsal. A separação materna aumentou o cuidado materno de forma fragmentada, induziu comportamentos dos tipos ansioso e depressivo e ainda prejudicou a memória de curto-prazo das mães. Além disso, foi capaz de diminuir o imunoconteúdo das proteínas: sirtuína-1 (SIRT-1), ocitocina e do receptor de ocitocina no hipocampo dorsal das mães. As ratas que consumiram dietas com azeite de oliva aumentaram a frequência do comportamento materno ativo de forma consistente e aumentaram os níveis de BDNF no hipocampo. O azeite de oliva também conseguiu prevenir os comportamentos de amamentação com o dorso arqueado, do tipo ansioso e o prejuízo da memória nas mães que foram submetidas à SM. Os resultados demonstram que a nutrição e a separação materna influenciam no comportamento emocional, na memória e em marcadores bioquímicos. E esses achados mostram que o consumo de azeite de oliva pode ser utilizado como uma estratégia para atenuar ou até prevenir os prejuízos ocasionados pela separação materna no período pós-parto.