Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Morgan, Rafaela Bom |
Orientador(a): |
Nascimento, Vladimir Pinheiro do |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/206537
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Resumo: |
Caixas de transporte de frango de corte são apontadas como importantes veículos de transmissão de Campylobacter spp. entre granjas e matadouros-frigoríficos, pois são reutilizadas várias vezes em um mesmo dia, adentrando em diferentes granjas. O método de lavagem utilizado pelas empresas pode não ser eficaz na eliminação de Campylobacter spp. Frente à estas questões, este trabalho teve por objetivos avaliar a contaminação por Campylobacter jejuni e Campylobacter coli em caixas de transporte antes e após o procedimento de lavagem e desinfecção realizado em matadourofrigorífico de aves no Sul do Brasil. Além disso, foi verificada a viabilidade de Campylobacter em caixas de transporte com 24 horas de secagem em temperatura ambiente. Os quatro meios de culturas utilizados para estudo qualitativo foram avaliados quanto a eficiência para o isolamento desta bactéria. Nas amostras isoladas foi avaliada a presença dos genes de adesão flaA e cadF. Foram isoladas Campylobacter spp. em 80% (8/10) dos lotes analisados, sendo a espécie prevalente a C. jejuni identificada em todos os lotes positivos e 20% de C. jejuni e C. coli concomitantemente. A frequência obtida depois da lavagem (21/30) foi maior em relação as amostras antes (19/30) da lavagem. No entanto, o estudo quantitativo mostrou uma redução na contagem bacteriana entre antes (8,2 NMP/g) e depois (5,2 NMP/g), embora não haja diferença estatistica significativa. Já as amostras com 24h de secagem, apresentaram uma redução significativa na contagem (0 NMP/g) e frequência (14/30) de Campylobacter spp. em caixas de transporte. Entretanto, as caixas continuaram contaminadas e com células viáveis do patógeno. Dos meios de cultura utilizados, o ágar mCCDA com suplemento demonstrou uma melhor eficiência (28,6%) para o isolamento de C. jejuni e C. coli, seguido do ágar Skirrow (13,3%) e ágar mCCDA com ácido nalidíxico (11,1%). Entretanto, o uso de membrana de acetato (0,45 µm) em ágar mCCDA demonstrou uma baixa frequência de isolamento (1,1%). Com relação aos genes flaA e cadF, importantes para a invasão e aderência nas células epiteliais intestinais no hospedeiro, as amostras antes do procedimento de lavagem e desinfecção tiveram uma frequência de 75 e 87,5%, respectivamente. Em relação as amostras depois da lavagem 66,6% apresentavam o gene flaA e 100% foram positivas para o gene cadF. As amostras com 24 horas apresentaram 100% de positividades para ambos os genes. A partir destes dados, foi observada uma alta ocorrência de Campylobacter spp. em caixas de transporte nos lotes avaliados. Apesar da lavagem e desinfecção utilizada nos matadouros-frigoríficos, verificou-se que estes processos não foram eficientes na eliminação do agente, comprovando o papel das caixas de transportes como carreadores de Campylobacter spp. da indústria para o campo. Desta forma, torna-se necessário aprimorar o processo de limpeza e desinfecção a fim de diminuir a contaminação cruzada e possibilitar a redução de Campylobacter spp. entre os lotes de aves. |