Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Perdoncini, Gustavo |
Orientador(a): |
Nascimento, Vladimir Pinheiro do |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/116163
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Resumo: |
Campylobacter jejuni e Campylobacter coli têm sido associados a problemas gastroentericos em seres humanos, principalmente devido ao consumo de carne de frango. Embora medidas de controle sejam adotadas para mitigar o risco de contaminação por estas bactérias, a contaminação cruzada no processo corrobora para o aumento da prevalência de Campylobacter em produtos avícolas, além da diversidade genotípica que permite que alguns isolados possuam melhores condições para se disseminar e causar doenças. No primeiro trabalho foram realizadas avaliações em 13 diferentes pontos ao longo do processo de abate, da recepção dos frangos na plataforma até a refrigeração das carcaças em 12 lotes independentes. A presença foi caracterizada pelo método de cultivo microbiológico (ISO 10272-1:2006) e a quantificação por Número Mais Provável (NMP), com confirmação de C. jejuni e C. coli através da técnica de Multiplex-PCR. Paralelamente foi utilizado Real Time PCR para identificar e quantificar Campylobacter jejuni, Campylobacter coli e Campylobacter lari. A ocorrência de Campylobacter nos lotes foi de 83% em concordância com os ensaios microbiológico convencional e molecular. C. jejuni foi a espécie isolada com maior frequência através do uso do multiplex-PCR. Através do isolamento microbiológico e do uso da Real Time PCR, respectivamente foram identificados 67% e 50% dos lotes positivos na plataforma de recepção e 67 e 75% de carcaças resfriadas. As principais variáveis identificadas através da quantificação pelo NMP/mL de Campylobacter spp. foram o ponto 6 (carcaça após a depenagem, antes da lavagem) e o ponto 8 (carcaça após evisceração, antes da lavagem) e importante correlação entre o suabe de cloaca com os estágios: carcaça após a depenagem, depois da lavagem; carcaça após evisceração, antes da lavagem e carcaça após a lavagem final. Este aumento da contaminação foi significativo com incremento diretamente proporcional à positividade e concentração bacteriana nas carcaças refrigeradas. O uso da lavagem das carcaças após estes dois estágios influenciaram diretamente na redução da contaminação porém a passagem pelo chiller aumentou a contaminação. No segundo trabalho foram analisadas 105 carcaças pelo isolamento microbiológico de C. jejuni e C. coli em cinco abatedouros sob Inspeção Federal no sul do Brasil em 2012 e nos três primeiros meses de 2013. Campylobacter spp. foram isolados de 37,1% das carcaças analisadas com variação entre matadouros de zero a 71,4%. Das amostras positivas, 97,5% foram caracterizadas como C. jejuni e 2,5% como C. coli. No terceiro trabalho foram coletados cortes de frangos para verificar a ocorrência de Campylobacter e genes associados a virulência. Das amostras analisadas, 17 (40,48%) foram positivas para Campylobacter jejuni, única espécie identificada. As amostras de coxas e asas apresentaram os cortes com maior e menor ocorrência com 87,5% e 12,5% respetivamente. Dos isolados, 29 (82,85%) foram positivas para todos os três genes do cluster CDT - cdtA, cdtB, cdtC e positivos para o cluster CDT mais o gene flaA totalizaram 25 (71,42%). A identificação de genes relacionados com a virulência não garante que a amostra seja patogênica, porém estes são fatores identificados como relevantes em isolados de casos clínicos e para esclarecer a patogênese da campilobacteriose. |