Análise morfopedológica da bacia hidrográfica do Arroio Inhacundá (RS).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Mateus Gleiser
Orientador(a): Suertegaray, Dirce Maria Antunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/133652
Resumo: Realizou-se nesta dissertação uma abordagem integrada para fim de avaliar e mapear unidades morfopedológicas na bacia hidrográfica do arroio Inhacundá – RS (363,52244 km²), com o intuito de identificar diferentes meios de interação entre morfogênese e pedogênese, para cada unidade identificada, em sua relação à distribuição de ravinas, voçorocas e areais. Para alcançar os objetivos do trabalho se elaborou uma série cartográfica em escala de 1:100.000 da rede de drenagem, litologia, compartimentos geomorfológicos, feições superficiais (dentre elas ravinas, voçorocas e areais), distribuição de solos e o mapa síntese de compartimentos morfopedológicos. Os trabalhos de mapeamento se apoiaram no levantamento bibliográfico sobre a região em estudo, imagens de satélite e radar, aerofotografias, trabalhos de campo e análises de laboratório. O cadastro de ravinas, voçorocas e areais foram cruzados com os mapas bases para avaliar os impactos no quadro natural. O componente litológico demonstrou participação no controle da elaboração de diferentes resistências aos processos morfogenéticos e pedogenéticos, sendo somente as áreas que possuem rochas areníticas e depósitos superficiais como substrato propensas a evolução de ravinas, voçorocas e areais. A compartimentação do relevo permitiu visualizar que as rampas arenosas, coxilhas e áreas de várzea são os principais compartimentos afetados pelos processos de erosão linear. Os areais se instalam somente nas rampas arenosas e coxilhas. A declividade ondulada representa a classe preferencial para que o ravinamento se instale em todos os compartimentos afetados, seguido da suave ondulada. O voçorocamento também se instala preferencialmente nas classes onduladas de declividades, a exceção das áreas de várzea, onde a classe suave ondulada predomina. O entendimento da distribuição das classes de solo é outro fator importante. Observa-se que o processo de arenização ocorre somente sobre solos de textura arenosa e com baixos teores de matéria orgânica. Apontam-se somente os Latossolos e os Neossolos Quartzarênicos órticos como classes afetadas pela arenização. As ravinas e voçorocas se instalam preferencialmente nos setores ocupados pelo Argissolo nas coxilhas e partes da várzea, onde a diferença textural entre os horizontes superficiais controladas por um B textural desencadeiam a erosão em sulcos, em ação solidaria a mudança de declividade suave ondulada para ondulada. O voçorocamento se dá nas áreas onde é possível ocorrer o ravinamento, mas o lençol freático próximo a superfície contribui para sua evolução em voçorocas. Estas áreas são principalmente indicadas como cabeceiras de drenagem em anfiteatro e áreas em conexão com a rede de drenagem, como o terço inferior de coxilhas e rampas e a área de várzea cuja declividade não seja plana.