Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, José Carlos Corrêa |
Orientador(a): |
Medeiros, Rosa Maria Vieira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/15277
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Resumo: |
Existem na região sudoeste do Rio Grande do Sul campos recobertos de areia conhecidos pelo nome de “areais”, ou campos de areia. O interesse por estudar esses campos de areia surge da constatação que esses campos de areia se apresentam como um problema para a sociedade, principalmente a partir da década de 70, quando os areais passam a ser chamados de “desertos” e a possibilidade de alastramento desses “desertos” passa a representar uma ameaça para as sociedades que vivem em seu entorno. Nesse contexto, novas percepções e concepções surgem acerca desses campos de areia, influenciando o modo como os agricultores agem em relação aos areais. Nesse sentido, os agricultores que habitam seu entorno, passam a adotar uma série de atitudes na tentativa de controle dos areais mediante a instalação de dispositivos que resultam em modificações na paisagem, deixando marcas humanas capazes de revelar as intenções de sua construção. Entre essas atitudes ambientais destaca-se a proposição do plantio de espécies arbóreas, entre as quais se destaca o eucalipto, apresentadas à sociedade como capaz de controlar a dinâmica de arenização e inserir a região de ocorrência dos areais em uma nova matriz econômica, mediante sua inserção no mercado da silvicultura industrial. No presente estudo de caso, os “Campos de Areia da Vila Kraemer” (São Francisco de Assis/Rio Grande do Sul/Brasil), foi identificada uma tendência crescente de plantio de espécies arbóreas como uma proposição de controle humano dos areais, amplamente difundida entre os agricultores e a assistência técnica local e que configura o processo chamado de “verticalização da paisagem”. Para o entendimento das dimensões subjetivas que envolvem a “verticalização da paisagem”, foi adotada a fundamentação teórica e metodológica que investiga a participação dos valores ambientais como mecanismo transformador da paisagem, ou, ainda, a paisagem como manifestação espacial dos valores ambientais. Os resultados dessa pesquisa exploratória contemplam o desenvolvimento, ao longo das últimas três décadas, de uma transformação cultural, motivada por aspectos externos, regionais e globais, que resultou em valores ambientais, de âmbito local, amplamente favoráveis a uma recorrente transformação de paisagens vernaculares, predominantemente campestres, em paisagens exóticas, mediante a introdução da monocultura arbórea. |