O estatuto linguístico das línguas de sinais : a Libras sob a ótica saussuriana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Frydrych, Laura Amaral Kümmel
Orientador(a): Silva, Carmem Luci da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/81382
Resumo: A presente dissertação consiste numa pesquisa de caráter teórico linguístico. O objetivo é o de oferecer uma rediscussão do estatuto linguístico das línguas de sinais com base na Linguística tributária a Ferdinand de Saussure. Interessa aqui a teoria linguística e suas implicações sobre o objeto língua. Revisar o estatuto linguístico de uma modalidade de língua que desafia muitos dos parâmetros de teorias já consolidadas no campo dos estudos da linguagem acarreta um novo olhar sobre o objeto. Assim, na primeira parte desta dissertação é apresentada uma retrospectiva sobre a consideração das línguas de sinais como instrumento de ensino, como objeto de pesquisa linguística e como tal, enquanto passível de análises essencialmente linguísticas. Para isso retoma-se a vida e a obra dos seguintes pesquisadores, precursores no estudo das línguas de sinais: o francês Charles Michel l’Épée e o norte-americano William C. Stokoe. Além deles, considera-se a contribuição de alguns estudos específicos sobre a linguística da língua de sinais brasileira (Libras). Na segunda e terceira partes, revisa-se a teoria linguística saussuriana, seus princípios e elementos constitutivos, aproximando-a das línguas de sinais. Com esse movimento de aproximação, ambos os campos sofrem efeitos: as línguas de sinais passam a ser consideradas com o estatuto linguístico conforme outras línguas, e a Linguística saussuriana passa a ser deslocada para contemplar teoricamente as especificidades das línguas de sinais. Este trabalho justifica-se por mobilizar áreas distintas do conhecimento – a epistemologia linguística saussuriana e seus desdobramentos teóricos, e os estudos linguísticos das línguas de sinais – na busca por esboçar novos rumos para a reflexão linguística, em si mesma, e no tocante às línguas de sinais.