Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Costa, Camila Piva da |
Orientador(a): |
Eizirik, Claudio Laks |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/104135
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Resumo: |
Introdução: A percepção do paciente sobre a relação com seu psicoterapeuta é determinante para a sua permanência em tratamento e para o sucesso da psicoterapia. Entretanto, pouco se tem investigado sobre quais fatores disponíveis na fase de avaliação para uma psicoterapia psicanalítica são indicadores de melhor aliança entre terapeuta e paciente. Objetivo: Investigar se há associação entre fatores sociodemográficos e clínicos e a aliança terapêutica, na percepção do paciente. Método: Trata-se de um estudo transversal que avaliou a qualidade da aliança terapêutica em pacientes adultos atendidos em psicoterapia psicanalítica em um ambulatório de saúde mental em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. A amostra foi constituída por 118 pacientes que chegaram até a quarta ou quinta sessão de psicoterapia psicanalítica e foram avaliados pela escala Calpas – P. Resultados: O estudo mostrou que pacientes do sexo masculino tiverem média (6.44) significativamente menor (p=0.036) a das mulheres (6.66) na escala de avaliação e percepção do trabalho do terapeuta. Encontrou também que quanto maior a intensidade dos sintomas de psicoticismo menor a percepção de aliança na escala de comprometimento com o processo de psicoterapia (r=0.231, p=0.05). Conclusões: Os resultados mostraram que, no início da psicoterapia, gênero e severidade dos sintomas interferem na percepção da aliança terapêutica. Identificou-se que os pacientes homens percebem, em media, menor aliança na dimensão que se refere à compreensão e ao envolvimento do psicoterapeuta, independente do sexo deste. Isso indica, possivelmente, que homens tendem a considerar seus terapeutas com menor capacidade de entender seu ponto de vista e sofrimento, demonstrar aceitação sem julgamentos, dirigir-se ao ponto central de dificuldade, intervir com tato e no tempo certo, e mostrar real compromisso em ajudar e vencer os problemas. Pacientes com sintomas de psicoticismo mais severos apresentaram menor aliança na dimensão que avalia esforço do paciente em empreender uma mudança, boa vontade em fazer sacrifícios em relação ao tempo e ao dinheiro; visão da terapia como uma experiência importante; confiança na terapia e no terapeuta; participação na terapia, apesar de momentos de sofrimento; e compromisso de completar o processo terapêutico. Devido à complexidade do conceito de aliança terapêutica, mais pesquisas são necessárias, a fim de reforçar e demonstrar a influência de variáveis objetivas em seu desenvolvimento (fatores do paciente, do terapeuta e da interação da dupla). Os achados agregam importância à preparação técnica dos terapeutas, para poderem desenvolver melhores alianças com esse tipo de paciente, propiciando maior aderência ao tratamento. |