Psicoterapia psicanalítica com pacientes surdos : um estudo qualitativo sobre características e adaptações técnicas da prática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Neves, Juliana Torres Porto das
Orientador(a): Freitas, Lucia Helena Machado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188898
Resumo: Como os surdos tratam os seus conflitos psicológicos? Quem os ouve? Como atua o terapeuta que atende pacientes surdos? A Psicoterapia Psicanalítica é possível nesses casos? A escuta como função princeps do terapeuta é diferente para essas pessoas? É necessário fazer adaptações no setting psicoterápico? Para dar conta do sofrimento emocional, muitos surdos têm chegado aos consultórios de psicoterapia e encontrado profissionais desamparados e sem preparo, sobretudo tecnicamente, para lidar com a sua diferença. Seja pelo número restrito de publicações ou de colegas que trabalham nesse campo, muitos clínicos psicanalíticos veem-se obrigados a conduzir os seus tratamentos de forma mais intuitiva. O objetivo principal deste estudo é descrever as características e as adaptações técnicas que caracterizam o atendimento em Psicoterapia Psicanalítica realizada por profissionais ocupados com o universo da surdez. Esta escrita é o resultado de uma pesquisa qualitativa — analítica e subjetiva — apoiada em uma leitura diversificada. A amostra foi composta por seis participantes, e a coleta de dados foi realizada por meio de uma entrevista semiestruturada. A lista de questões foi elaborada a partir de uma revisão teórica sobre a Psicoterapia Psicanalítica, sobre surdez e sobre o cuidado psicológico com pessoas surdas. A análise de conteúdo foi apoiada na metodologia conceituada por Bardin e resultou em três categorias finais que, a posteriori, foram descritas e discutidas. São elas: Inserção profissional no campo da surdez: preparação e embargos iniciais; Contextualização e subjetivação do paciente surdo; Abordagem psicanalítica com pacientes surdos: aspectos e adaptações técnicas da prática. Este trabalho pretende servir de auxílio a psicoterapeutas comprometidos com as demandas de pacientes surdos, além de ser um incentivo para a elaboração de novas discussões e estudos sobre o tema.