Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Facchin, Heloisa Slomp |
Orientador(a): |
Silvestrin, Roberta Bristot |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/207738
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Resumo: |
Os serviços extra-hospitalares da Rede de Atenção ao adolescente usuário de drogas do município de Caxias do Sul, apesar de disponíveis, são pouco acessados. Todavia, identificam-se leitos hospitalares sendo utilizados por esse público. Mediante essa realidade, o objetivo do estudo foi conhecer e analisar o itinerário terapêutico prévio de cuidado na rede de atenção, percorrido por adolescentes usuários de drogas, em situação de hospitalização em leitos SUS e conveniados. Trata-se de um estudo de natureza essencialmente exploratória qualitativa, cuja principal fonte de coleta foi entrevista semiestruturada direcionada aos adolescentes e seus responsáveis; além do mapeamento da rede pessoal de apoio (família, comunidade, amizades e escola/trabalho). Foram realizadas análises descritivas dos dados sociodemográficos utilizando o software SPSS. Os dados qualitativos foram submetidos à análise de conteúdo temática com o auxílio do software QSR NVivo, sobre o contexto da internação, motivação para o tratamento, conhecimento sobre a rede municipal, itinerário terapêutico e acesso a serviços. Ainda os softwares UCINET 6.0 e NETDRAW contribuíram para a análise da rede social. Participaram do estudo 11 adolescentes internados, com idade entre 13 e 17 anos, que referiram uso de maconha, cocaína/crack e álcool. Foi possível verificar que menos da metade dos adolescentes residia com pai ou mãe, sendo que 4 viviam em abrigos, e quase todos possuíam histórico de uso de drogas na família. Além disso, a trajetória de vida dos adolescentes entrevistados inclui alta frequência de estressores, traumas e violação de direitos. Nessa linha, sintomas delinquentes, agressões a familiares, envolvimento em brigas, roubos e tráfico de drogas emergiram dos relatos de mais da metade da amostra. Assim como a família constitui fator que leva o adolescente ao uso de drogas, esta também estava incluída entre os fatores que podiam evitar que os jovens entrevistados voltassem a usar drogas após alta hospitalar. Os participantes possuíam rede pessoal composta por vários membros da família, configurando redes amplas, porém ineficientes. E em relação à rede de apoio do adolescente, apesar dos familiares serem lembrados com mais frequência, era considerados distantes. A comunidade, por sua vez, foi destacada como o grupo mais próximo dos adolescentes sendo que a Escola e o CAIS Mental se mostraram como instituições-chave na rede de apoio. A partir do itinerário terapêutico dos adolescentes, a rede de atenção foi considerada de baixa conectividade entre os diversos atores. Os resultados obtidos mostram a importância do fortalecimento da rede de apoio e poderão contribuir para adequar a política de atenção, bem como com o desenho de estratégias da linha de cuidado ao adolescente usuário de drogas do município. |