Relação do medo, dor, ansiedade e condições de saúde bucal com o acesso aos serviços de saúde bucal e qualidade de vida de adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Monteiro, Angela Xavier
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25144/tde-02092013-095611/
Resumo: A presente pesquisa teve por objetivo avaliar a relação entre as condições de saúde bucal, a dor, o medo e a ansiedade odontológica, com o acesso aos serviços de saúde bucal e com a qualidade de vida de adolescentes. Para a realização deste estudo transversal de investigação observacional a amostra foi composta por 256 adolescentes entre 15 e 19 anos de idade matriculados em escolas públicas do município de Agudos, SP. Para avaliar as condições de saúde bucal foram utilizados os Índices CPOD para cárie dentária, Índice de Dean para fluorose, Índice Periodontal Comunitário para condição periodontal e Índice de Estética Dental para má oclusão, utilizando-se os códigos e critérios recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, foi utilizado o Modified Dental Anxiety Scale para avaliar a ansiedade odontológica, o Dental Fear Survey para avaliar o medo odontológico, o questionário de Goes para avaliar a dor de dente, questionário de acesso aos serviços de saúde bucal e o OHIP 14 para avaliar a influência de saúde bucal na qualidade de vida. O teste Mann Whitney foi utilizado para avaliar a diferença entre os grupos sexo e etnia e o teste Kruskall Wallis foi utilizado para avaliar a diferença entre as idades, quanto às condições de saúde bucal, ansiedade e medo. O teste qui quadrado foi utilizado para avaliar a associação entre os grupos na dor e acesso aos serviços de saúde bucal. Para avaliar a relação entre a ansiedade, o medo e a dor de dente, as condições de saúde bucal com a qualidade de vida e com o acesso aos serviços de saúde bucal foi utilizado o teste de correlação de Spearman (p<0,05). Foi encontrado um CPOD médio de 3,09 com maior expressividade do componente restaurado (2,45); foi observado um percentual de 3,91% de adolescentes com fluorose muito leve. A condição periodontal mais prevalente foi o cálculo dentário com 32,03%. Em relação à má oclusão, 27,73% dos adolescentes apresentaram-se com má oclusão definida, com necessidade de tratamento eletivo. Foi encontrado 76,56% de adolescentes com baixa ansiedade e 83,98% com baixo medo odontológico; a dor de dente nos últimos 6 meses foi observada em 32,42% dos adolescentes. Cerca de 61,72% dos adolescentes consultaram o dentista a menos de 1 ano e 40,23% realizaram a consulta no serviço público de saúde. Foram encontrados 74,22% de adolescentes com impacto fraco das condições de saúde bucal na qualidade de vida, e relação entre o componente cariado (R=0,149) e perdido (R=0,192) do CPOD, medo (R=0,359), dor (R=0,221) e ansiedade (R=0,239) com a influência das condições de saúde bucal na qualidade de vida dos adolescentes, contudo a relação encontrada foi fraca. Com a realização deste estudo, observou-se uma fraca relação entre o a cárie dentária, o medo, a dor a ansiedade com a qualidade de vida dos adolescentes.