Padrões alimentares, estimativa de risco cardiovascular e desfechos renais em pacientes com diabetes melito tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rodrigues, Cíntia Corte Real
Orientador(a): Almeida, Jussara Carnevale de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/265058
Resumo: O Diabetes Melito (DM) é uma doença crônica que acomete parte significativa da população mundial e impõe um ônus econômico substancial a países, sistemas de saúde, pessoas com diabetes e seus familiares. A terapia nutricional tem por objetivo promover e apoiar padrões alimentares saudáveis para melhorar a saúde geral e atrasar ou prevenir as complicações do DM, como complicações renais e cardiovasculares. Um corpo robusto de evidências associam o consumo de alimentos ultraprocessados com diferentes desfechos de saúde, entre eles o aumento de risco de mortalidade por todas as causas e também por doenças cardiovasculares. Logo, investigações sobre o consumo de alimentos ultraprocessados e desfechos renais são escassas, no entanto os achados atuais indicam associação entre o consumo desses alimentos com diferentes desfechos renais na população geral. Utilizamos duas metodologias para a identificar o hábito alimentar de duas populações de pacientes com DM tipo 2, a partir da construção de padrões alimentares identificados a posteriori e identificando o consumo de alimentos de acordo com a classificação NOVA de processamentos de alimentos. De forma inédita, observamos que um padrão alimentar de lanches, com um maior consumo de alimentos ultraprocessados (~26% do valor calórico total), possivelmente relacionado às trocas realizadas em uma das refeições principais por lanches e um padrão com maior consumo de carne vermelha, foram associados à presença de doença renal do diabetes. No contexto de eventos cardiovasculares, observamos que 92,1% dos participantes têm uma ingestão maior que 10% do valor calórico total de alimentos ultraprocessados (~26% do valor calórico total) e chamamos atenção para o alto consumo desses alimentos por essa população de pacientes. Nossos resultados sugerem que orientações direcionadas quanto à escolha alimentar podem ser adotadas aos pacientes com DM e que estratégias nutricionais de reeducação para pacientes com doença renal do diabetes e risco cardiovascular, acerca dos conceitos de lanches saudáveis, bem como sobre o processamento de alimentos devem ser reforçadas. No entanto, diante da natureza dos estudos, o efeito de nossos achados como proteção ao declínio da função renal ou proteção cardiovascular precisa ser testado em um ensaio clínico randomizado.