The role of adaptations in the reconfiguration of Dr. John Watson within the Sherlock Holmes canon

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carli, Eduarda de
Orientador(a): Indrusiak, Elaine Barros
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/170417
Resumo: As histórias de Sherlock Holmes cativam inúmeros leitores desde que o primeiro romance foi publicado em 1887 pelo autor escocês Sir Arthur Conan Doyle. As aventuras vividas pelo grande detetive Sherlock Holmes e seu companheiro Dr. John Watson têm sido adaptadas para outras mídias desde 1890, e épocas diferentes apresentam diferentes interpretações das personagens. Duas das mais recentes adaptações televisivas, Sherlock (2010 –), da BBC, e Elementary (2012 –), da CBS, se passam na contemporaneidade, inspirando uma reconfiguração das personagens, principalmente a de John Watson, considerando o fato de que ele não é mais o principal narrador das histórias na mídia audiovisual – o narrador fílmico é quem cumpre esse papel –, abrindo novas possibilidades para os papéis da personagem. Tais possibilidades motivam esta dissertação, que propõe um estudo da caracterização da personagem literária nos romances Um estudo em vermelho (1887) e O cão dos Baskerville (1902), para então considerar sua nova caracterização nas duas séries televisivas mencionadas acima. O trabalho, portanto, está dividido em quatro capítulos. O primeiro apresenta uma introdução ao autor e a relação com sua própria obra, além de um panorama histórico das adaptações fílmicas e televisivas, enfatizando as caracterizações de Watson nelas. O segundo apresenta as teorias que alicerçam a análise, particularmente a narratologia literária de Mieke Bal (2009), a narratologia fílmica de Peter Verstraten (2009), e as considerações de Jason Mittell (2015) acerca da personagem televisiva. Os capítulos três e quatro trazem as análises dos romances e séries de televisão respectivamente, focando nas (re)configurações da personagem Watson. Ao final deste trabalho, esperamos ter contribuído para um aprofundamento e diversificação dos estudos de personagem a partir de referenciais narratológicos, linha de estudos pouco desenvolvida, especialmente no Brasil. Da mesma forma, pretendemos demonstrar como adaptações televisivas exploram e amplificam o papel de personagens-narradoras, dando a elas e a outras personagens mais autonomia na obra audiovisual.