De Holmes a Poirot: relações entre literatura e história na narrativa policial britânica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Menegheti, Pollyanna Souza [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/115731
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar a ficção policial inglesa entre o período do fim do século XIX e início do século XX, em sua historicidade, levando em consideração a importância dos conceitos de representação e verossimilhança para o gênero romance, além de evidentemente, considerar os elementos específicos da ficção policial, como as noções de enigma e investigação, que formam as bases da literatura policial. Sendo assim, retornamos à origem do gênero policial, buscando suas raízes, até que este se desenvolva na forma do romance que conhecemos nos dias atuais. Todas as modificações ocorridas na estrutura da narrativa policial podem ser entendidas como um reflexo das próprias mudanças sociais e culturais que ocorriam neste importante período de transição histórica, visto que a estrutura da narrativa era modificada de acordo com as exigências do público leitor, que buscava sempre ser representada em tal narrativa. O simples fato de a estrutura da narrativa policial poder ser alterada sem perder seus elementos característicos, explica como este gênero não apenas foi capaz de se manter popular até os dias atuais, como também deixam claro como foi possível o surgimento de uma grande quantidade de subgêneros, que acabam por se enquadrar dentro do grande termo ficção criminal. Para realizar tal estudo, foram selecionadas três obras de Sir Arthur Conan Doyle, criador do famoso detetive Sherlock Holmes e três obras de Agatha Christie, sendo que estas tem como protagonista seu mais famoso personagem, o detetive belga Hercule Poirot. As obras selecionadas demonstram justamente a adaptação não apenas da estrutura da trama, mas também do personagem principal, o detetive, às mais diversas situações a que é apresentado. O papel do narrador também se mostra fundamental neste estudo, justamente por ser sua figura que guia os leitores pela narrativa, e que se compromete a conceder todas as...