“Basta de ficar só em casa!” representações sobre a educação escolar da rapariga rural em Mafambisse - Moçambique

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ussene, Sónia Francisca Mussa
Orientador(a): Karnopp, Lodenir Becker
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188461
Resumo: Nesta tese acerca da representação sobre a educação escolar da rapariga rural, em Mafambisse – Moçambique, apresento para discussão o seguinte problema de pesquisa: que representações sobre a educação escolar da rapariga rural, em Mafambisse, estão presentes nas falas das ̸ os participantes da pesquisa? Objetivo analisar as representações sobre a educação escolar da rapariga rural, em Mafambisse; mais especificamente 1) verificar nos documentos normativos as políticas educacionais existentes no país direcionadas à educação escolar da rapariga, 2) descrever alguns aspectos que envolvem questões de gênero no espaço escolar, com enfoque para a rapariga rural, em Mafambisse e 3) discutir representações sobre a educação escolar da rapariga rural, em Mafambisse, a partir das falas das ̸ os participantes das entrevistas. O estudo justifica-se pela oportunização de direitos iguais à educação escolar de meninos e meninas, com enfoque para a rapariga. Os fundamentos da tese encontram-se alicerçados nos Estudos Culturais em Educação e nos Estudos de Gênero, inspirando-se nas contribuições de Hall (1997; 2016), Wortmann (2012), Costa, Silveira e Sommer (2003), Louro (2014), Duarte (2005), Osório e Macuácua (2013), Golias (1993) e Castiano e Ngoenha (2013). O estudo empírico de tipo qualitativo, realizado em Moçambique, foi a base para a produção de dados, realizada por meio de observação do espaço escolar e desenvolvimento de entrevistas semiestruturadas com seis alunas, seis raparigas que se encontram fora da escola e seis mães/pais e encarregadas/os de educação, totalizando 18 participantes. Após a análise dos dados, foi possível sistematizar representações para cada grupo entrevistado. No entanto, agrupando as recorrências nos três grupos, os resultados sugerem representações que remetem para aspectos como a igualdade de direitos na educação, fonte de emprego, benefícios da escolarização, questões financeiras e sociais, frequência à escola, solidariedade e respeito. Essas representações favorecem a educação escolar da rapariga rural e podem estar relacionadas com a centralidade das questões de gênero, no país. Apontei algumas possibilidades de intervenção para a abordagem de assuntos de gênero em situação de ensino e aprendizagem, assim como questões em relação aos centros de formação de professoras/professores.