Representações de masculinidade entre os jovens em Moçambique em tempos de SIDA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Gomes, Laura Maria de Aguiar Loforte
Orientador(a): Seffner, Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/10314
Resumo: O presente trabalho problematiza as representações de gênero e sexualidade dos jovens do sexo masculino em Moçambique e o seu comportamento frente ao HIV/SIDA. Na produção dos dados participaram estudantes da Escola Secundária Nelson Mandela da província de Maputo e utilizei as técnicas do grupo focal e de entrevistas. Este estudo insere-se no campo dos estudos culturais na vertente pósestruturalista, mais particularmente na área dos estudos de gênero e sexualidade. Compreender como é que os jovens do sexo masculino se tornam homens e que mecanismos são acionados na produção dessas masculinidades jovens constituíram elementos que percorreram este trabalho. Durante a pesquisa foi possível perceber que estes jovens têm como ponto de partida e de chegada a família. A família referenciada pelos pais, tios, irmãos e avós ocupa um lugar de destaque na vida dos jovens, e interfere na produção destas identidades masculinas, sem esquecer que outros elementos como escola, religião, mídia, grupos de pares, ONG,s participam e dialogam de igual modo neste processo. A família aparece igualmente como ponto de chegada considerando que todos os jovens participantes desta pesquisa almejam ter uma casa, esposa, filhos e filhas. Ter um emprego que permita aos jovens prover a família é uma preocupação e uma meta a ser atingida por todos, para além de esta ser também uma forma de os futuros homens conseguirem autonomia e respeito perante a sociedade. Estes jovens apresentam identidades fluídas e cambiantes que ora se encaminham para representações mais tradicionais e conservadoras, ora privilegiam questões da modernidade sendo que por vezes e não raras, estão presentes elementos tradicionais e da modernidade em regime de tensão permanente.