Orientação espacial em desenho urbano tradicional e modernista : estudo em campi universitários da UFRGS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Mano, Cássia Morais
Orientador(a): Reis, Antonio Tarcisio da Luz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/148290
Resumo: Esta pesquisa investiga os impactos do desenho urbano tradicional e modernista na orientação espacial em campi universitários, a partir da avaliação de usuários que diferem quanto ao grau de familiaridade com tais espaços. O problema de pesquisa reside na reprodução de projetos urbanísticos que remetem à lógica espacial preconizada pelo urbanismo moderno, os quais tenderiam a dificultar a legibilidade urbana, afetando negativamente a navegação. Assim, o objetivo é realizar um estudo comparativo detalhado dos efeitos de atributos físico-espaciais que compõem tais desenhos urbanos quanto à orientação espacial de seus usuários, a fim de contribuir para um melhor entendimento dos impactos de tais configurações na experiência espacial. Para tanto, são selecionados dois campi da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), localizados em Porto Alegre- RS: O Campus Centro, que representa o desenho urbano tradicional, com variedade arquitetônica, cujos prédios tendem a estar dispostos junto ao perímetro dos quarteirões e apresentam os acessos principais voltados para as ruas; e o Campus do Vale com características do desenho urbano modernista, onde verifica-se o predomínio da repetição e uniformidade entre os prédios dispostos em amplas áreas verdes, cujos acessos principais tendem a estar desvinculados das ruas. Os métodos de coletas de dados fazem parte dos utilizados na área de estudos Ambiente e Comportamento, sistematizados por meio de levantamento de arquivo, levantamento físico, mapas cognitivos, identificação e descrição de percursos, questionários e entrevistas. A análise de dados é realizada através de testes estatísticos não-paramétricos e da Sintaxe Espacial. Os resultados desta investigação demonstram que, independentemente do campus, os atributos físico-espaciais que remetem ao desenho urbano modernista tendem a ser avaliados negativamente quanto à orientação espacial pelos alunos calouros e, inclusive, pelos técnicos administrativos da UFRGS. Ainda, atributos arquitetônicos dos prédios como a falta de clareza no destaque formal do acesso principal e a menor visibilidade do acesso principal a partir da rua tendem a dificultar a orientação espacial. Foi confirmado que a avaliação do nível de facilidade de orientação espacial é influenciada fortemente pelo grau de familiaridade com o espaço. Entretanto, verifica-se o predomínio dos atributos físico-espaciais sobre o grau de familiaridade quando avaliados os níveis de facilidade de descrever o percurso para acesso ao prédio. Por fim, espera-se que os dados obtidos possam contribuir para qualificar projetos urbanísticos, a fim de responder melhor às necessidades dos usuários quanto à orientação espacial no espaço urbano.