Jovens urbanos da periferia de Porto Alegre : a arte de dar forma à própria vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Nascimento, Elisete Regina do
Orientador(a): Stephanou, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/14836
Resumo: O estudo inscreve-se no âmbito das investigações sobre a temática das juventudes contemporâneas e centrou-se nos processos de individuação e experiências vividas e narradas por jovens urbanos, estudante do ensino médio noturno de uma escola pública de Porto Alegre. Através de entrevistas abertas, observação de espaços de circulação, na escola e para além dela, dispôs-se a escutar e a conhecer como jovens das classes menos favorecidas, moradores da periferia da região metropolitana, experimentam sua condição juvenil, constituindo suas subjetividades, sociabilidades e saberes, dando forma à própria vida. Para tal, deteve-se nas vivências sócio-culturais de oito jovens, em seus diferentes espaços de pertencimento. O quadro teórico que lhe dá sustentação apóia-se, em especial, nas contribuições de Alberto Melucci, além da inspiração nos estudos de José Machado Pais e Carles Feixa Pampòls, e de pesquisadores brasileiros como Marilia Spósito. Pretendeu compreender as sociabilidades de tempo livre e as formas como estes jovens se constituem como sujeitos individuais e como sujeitos coletivos, detendo-se em suas participações em redes de pertencimentos. Nessa pequena amostra da juventude urbana da periferia de Porto Alegre, ficou em evidência a reversibilidade das escolhas que são operadas nos diversos itinerários de vida dos jovens. Muitas das trajetórias juvenis relatadas são pontuadas por escolhas de curto prazo, mutáveis e cambiáveis por alternativas que se apresentam como melhores no tempo presente. Esta peculiaridade foi explicitada tanto nas experiências com relação ao mundo do trabalho, quanto naquelas relacionadas ao estudo e atividades culturais juvenis.