Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Dias, Cecília Fischer |
Orientador(a): |
Lucena, Karina de Castilhos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/262279
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Resumo: |
Esta dissertação analisa a obra Fiebre Tropical, de Julián Delgado Lopera, e a sua tradução brasileira, Febre Tropical, de Natalia Borges Polesso, tendo como enfoque o uso do espanglês e as relações entre as entidades narratológicas envolvidas na tradução, com base na expectativa de compreensão do texto. O romance original foi publicado em 2020, nos Estados Unidos, e a tradução, em 2021, no Brasil. Fiebre Tropical conta a história de uma jovem colombiana que migra para os EUA com a família e se vê envolvida em uma comunidade colombiana que gira em torno de uma igreja evangélica. O romance é narrado pela protagonista Francisca em espanglês. Para entender melhor o fenômeno, foram consultados um trabalho de López García Molins (2022), para uma perspectiva linguística, e dois de África Vidal Claramonte (2007, 2015), para uma perspectiva literária e tradutória. A compreensão das categorias narratológicas atuantes na tradução foi amparada pela leitura de três teóricos. Schiavi (1996), com a sua proposta de um esquema narratológico que representasse os textos traduzidos, apresentando as figuras do tradutor implícito e do leitor implícito da tradução, Hermans (1996), com a voz do tradutor, e O’Sullivan (2003), com a articulação dos conceitos propostos pelos dois e um novo diagrama. Hermans e O’Sullivan ainda ajudaram a perceber que alguns tipos de textos favorecem a análise dessas categorias pelas mediações necessárias. Os trechos selecionados para análise envolviam o espanglês e elementos contextuais, que levavam à mediação. Do autor implícito, foi possível perceber a relevância de escrever em espanglês para um leitor implícito que poderia seguir a leitura completa, com inferências ou lacunas. Do tradutor implícito, foi possível identificar a importância da manutenção da presença do espanhol e o uso de recursos paratextuais, sugerindo a expectativa de um acesso mais completo ao texto pelo leitor implícito da tradução. A relação narrador–narratário é mais semelhante entre original e tradução. A narradora usa o espanglês sem muitas explicações e apresenta os contextos envolvidos na sua história ao narratário, que pode não conhecer esses contextos. A partir dessas observações, foi possível propor um novo diagrama, incluindo a voz do tradutor e o narrador da tradução. |