Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Lampert, Aline Silva |
Orientador(a): |
Garcia, Rosalia Angelita Neumann |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/148980
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Resumo: |
A partir da versão para a língua inglesa de dez contos da obra Ainda Orangotangos do autor gaúcho Paulo Scott (2003), este trabalho tem como objetivo realizar uma análise parcial do processo tradutório no que tange elementos culturais e narratológicos. Para realizar tal análise, foram contempladas três áreas de estudo: a Literatura Comparada, os Estudos da Tradução e a Narratologia. A Literatura Comparada abre as portas para a interdisciplinaridade aqui proposta e valida a tradução literária como seu objeto de estudo, visto que, de acordo com Carvalhal (2003), uma tradução literária pode ser considerada material criativo, na medida em que também constitui em um esforço criativo. O primeiro capítulo trata das questões culturais muito exploradas nos Estudos da Tradução. Martínez (2001), Newmark (1988) e Aixelá (1996) propõem algumas definições e classificações de elementos culturais úteis para reflexão, enquanto os dois últimos, além de Venuti (1992) e Sun (2012), apontam possíveis abordagens para a tradução destes elementos. Apesar de simpatizarmos com as propostas de Aixelá (1996) e Venuti (1992) de propagar o estranhamento em detrimento da domesticação, a proposta de Sun (2012) de equilibrar momentos de precisão e aceitabilidade foi considerada mais próxima de uma tradução realista. Por fim, Aixelá (1996) concebe um conjunto de técnicas de tradução que serão utilizadas aqui a fim de alcançar tal equilíbrio nas versões. O segundo capítulo trata das questões narratológicas e propõe um diálogo entre Narratologia e Estudos da Tradução. Autores como O'Sullivan (2003), Cavagnoli (2008), Nunes (2012) e Boase-Beier (2014) afirmam que o tradutor é leitor e (re)escritor do texto a ser traduzido, e que tal leitura precisa ser diferenciada, visto que questões de narrativa são tão importantes quanto as culturais para conceber o texto literário como um todo. Para fazer essa leitura, propomos a utilização de conceitos da Narratologia de Genette (1980) e Bal (2007). Traduzir é, portanto, uma tarefa interpretativa e transpõe não só o sentido, mas também a forma desse sentido. |