Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Carolina Furtado |
Orientador(a): |
Wives, Daniela Garcez |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/266860
|
Resumo: |
Compreender a Amazônia em suas diversidades, e sujeitos, é compreender as territorialidades constituídas por estes. É na realidade amazônica que o presente trabalho se debruçou em particular em Barcarena-PA, município que ganhou destaque, internacional, nas últimas décadas do século XX, pelo seu potencial mineral. Em meio a esse avanço do capital mineral as populações ribeirinhas, em particular das ilhas que compõem o município se organizaram na luta pela regularização fundiária de seus territórios, levando a criação do Projeto de Assentamento Agroextrativista Ilha de Trambioca (PAE Ilha de Trambioca), no ano de 2008. Buscou-se neste trabalho compreender as territorialidades dos povos das águas, mas especificamente, as múltiplas territorialidades presentes na Comunidade Utinga Açu, no contexto de criação do PAE. A modalidade PAE foi criada com o II Plano Nacional de Reforma Agrária- PRNA, que contemplando assim o ribeirinho como beneficiário da Reforma Agrária. Metodologicamente a pesquisa apresenta uma abordagem qualitativa, com realização de levantamento bibliográfico a fim de dialogar com autores que se debruçaram sobre esse tema, o trabalho de campo que nos possibilitou o contato intenso com os sujeitos da pesquisa, seu modo de vida e suas inquietações. Desse momento foi possível fazer registros fotográficos e gravar áudios. Como resultado, a pesquisa apontou que a criação do projeto de assentamento, permitiu aos ribeirinhos ter acesso a políticas públicas, tais como, política habitacional e eletrificação rural. Além disso, no período pós assentamento a comunidade passou a se organizar garantindo a intensificação da produção e comercialização do açaí e do artesanato, o que implicou no fortalecimento dos laços de autonomia e vizinhança desses sujeitos. Para além do processo produtivo a religiosidade e as questões em torno do domínio da terra e da água se apresentam como elementos marcantes da territorialidade local. |