O Assentamento Rural Carlos Lamarca em Itapetininga-SP: organização e dinâmica territorial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Antônio Carlos da lattes
Orientador(a): Mizusaki, Márcia Yukari lattes
Banca de defesa: Menegat, Alzira Salete lattes, Avelino Júnior, Francisco José lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1715
Resumo: O presente trabalho objetivou demonstrar a coesão de diversas famílias camponesas em busca de um pedaço de chão, onde pudessem concretizar seus sonhos, o que foi possível mediante a sua organização junto ao MST, nos lugares sociais e na construção do espaço social, bem como, através, da ação conjunta de Sindicatos, Comunidades Eclesiais de Base e Organizações Não-Governamentais (ONGs). Devemos ressaltar que essa luta passou por vários momentos de ocupações e despejos, até a sua definitiva territorialização na fazenda Monjolo, situada no município de Itapetininga/SP, região administrativa de Sorocaba/SP. Neste contexto, fizemos uma abordagem da estrutura fundiária na região, mostrando uma alta concentração de terras na qual compreende o assentamento Carlos Lamarca. O processo de aquisição da terra foi marcado por conflitos, uma vez que, após a distribuição do lotes para cada família, surgiram posições antagônicas, sobretudo quanto à moradia e às formas de organização da produção, culminaram em cisões internas entre as famílias dividindo-as em grupos de parentesco e/ou afinidades. É importante salientar que essas fragmentações - Grupos de famílias, Associações e Unidades de produção configuram-se como resistência ao grande capital mesmo que as mesmas estejam integradas ao circuito produtivo, uma vez que, atuam contra a subordinação do capital. Os relatos orais das histórias de vida constituíram-se em importante metodologia de pesquisa, ajudando a dimensionar os sujeitos quanto aos seus papéis no movimento da história em curso, ou seja, as diferentes trajetórias de vida e a intensa mobilidade socioterritorial até conseguirem um canto definitivo, isto é, a terra de trabalho, onde puderam resgatar as suas raízes materiais e simbólicas, intrínsecas ao modo de vida camponês.