Sorologia comparativa para Pestivirus de ruminantes em rebanhos bovinos do nordeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Puhl, Daniela Eliete
Orientador(a): Canal, Cláudio Wageck
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/201124
Resumo: A diarreia viral bovina (BVD) é uma importante enfermidade, sendo responsável por perdas econômicas em rebanhos de todo o mundo. A BVD é causada por três espécies do gênero Pestivirus da família Flaviviridae, sendo eles o vírus da diarreia viral bovina tipo 1 (BVDV-1), BVDV-2 e BVDV-3. Os pestivírus apresentam grande variabilidade genética e antigênica entre as espécies virais, o que pode levar a falhas no diagnóstico e na imunização. O presente trabalho investigou a diversidade de pestivírus de bovinos de amostras da Região Nordeste brasileira através da técnica de vírus neutralização (VN) comparativa e reação de RT-PCR seguida de sequenciamento dos produtos de amplificação. Seiscentas amostras de soro foram testadas por VN contra cepas de BVDV-1, -2 e -3 e comparou-se os títulos obtidos contra cada espécie. Como resultado, 26% (156/600) das amostras apresentaram-se soropositivas, sendo que 14,3% (86/600) apresentaram maiores títulos de anticorpos (mais que quatro vezes) contra o BVDV-2, 5,3% (32/600) contra o BVDV-1 e 3,3% (20/600) contra o BVDV-3. Além disso, 1,5% (9/600) apresentaram título (inferior a quatro vezes) contra mais de uma cepa, não sendo possível definir a cepa para qual a amostra é de fato soropositiva, o que foi observado entre BVDV-1 e -2, BVDV-1 e -3 e BVDV-2 e BVDV-3 em 0,7% (4/600), 0,5% (3/600) e 0,3% (2/600) amostras, respectivamente. Uma amostra (0,16%) foi positiva na RT-PCR e o sequenciamento indicou identidade de 97,6% com uma cepa de BVDV-3. A maior soroprevalência para BVDV-2 no Nordeste do País observada no presente estudo contrasta com a maior frequência de BVDV-1 relatada na maioria do mundo, além da maior frequência de BVDV-3 relatada na mesma região em trabalho prévio utilizando RT-PCR e sequenciamento. Os dados expostos no presente estudo reforçam a necessidade de revisão das vacinas contra a BVD utilizadas no País que deveriam conter BVDV-1, -2 e -3.