Revisão sobre a avaliação clínica na insuficiência cardíaca : uma comparação objetiva entre as classes funcionais I e II da New York Heart Association

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Blacher, Mariana Guimarães
Orientador(a): Rohde, Luis Eduardo Paim
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202793
Resumo: Importância: a classe funcional da New York Heart Association (NYHA) desempenha um papel central na avaliação da insuficiência cardíaca (IC), entretanto ela pode apresentar uma confiabilidade limitada na avaliação das formas leves da síndrome. Objetivo: Comparar medidas objetivas da avaliação funcional da IC entre os pacientes classificados como NYHA I e II. Desenho: Estudo observacional transversal e longitudinal, aninhado em um ensaio clínico randomizado. Realizado em 11 centros de IC no Brasil. Participantes: pacientes ambulatoriais com IC estável com fração de ejeção do ventrículo esquerdo reduzida (FEVE <45%) e congestão clínica mínima, incluídos no estudo ReBIC-1. Exposição (s): Classe funcional da NYHA. Principais resultados e medidas: classe funcional da NYHA, teste de caminhada dos 6 minutos (TC6), níveis de peptídeo natriurético (NT-ProBNP), auto-percepção do paciente usando um escore visual analógico (EVA) de dispnéia, e alterações sequenciais no (EVA) em dois momentos. Resultados: Analisamos 188 pacientes ambulatoriais com IC (idade média de 59 (± 13) anos e FEVE de 32 (± 8%), em classe I da NYHA (65%) e II (35%). Observamos uma diferença absoluta de 10 pontos nos escores EVA de dispneia avaliados entre os pacientes da classe I e II da NYHA 16 [4,3-30] versus 26 [11-49]; valor de p = 0,0015, (Wilcoxon rank sum test) mas com uma sobreposição entre os pacientes (sobreposição de densidade = 64%). Os níveis de log NT-proBNP foram de 6,38 ± 1,26 pg / mL e 6,76 ± 1,07 pg / mL nos pacientes da classe I e II da NYHA, respectivamente (valor de p = 0,038; sobreposição de densidade = 86%). A distância média no TC6 foi de 390-112 metros e 354-105 metros nos pacientes da classe I e II da NYHA, respectivamente (valor de p = 7 0,038, sobreposição de densidade de 76%). Na análise longitudinal, pacientes com IC com melhora, estabilidade ou piora da classe funcional não apresentaram uma significativa variação na EAV na auto-avaliação da dispnéia (alteração mediana na EVA = 0 para os três grupos, valor de p = 0,21). Conclusões e Relevância: Houveram diferenças significativas de pequena magnitude entre os vários marcadores de avaliação funcional de acordo com a classe da NYHA, entretanto a maioria dos pacientes classificados como classe I e II da NYHA tinham uma percepção semelhante de suas limitações, capacidades físicas e níveis de peptídeos natriuréticos. As decisões clínicas baseadas exclusivamente na classificação da NYHA, conforme sugerido pelas diretrizes internacionais, devem ser vistas com cautela.