Dinâmicas sistêmicas e formação do Estado : os conflitos armados na África Pós-Guerra Fria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Serpa, Rafaela Pinto
Orientador(a): Pereira, Analúcia Danilevicz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/214006
Resumo: Os conflitos armados africanos no final do século XX foram estigmatizados como “barbárie” ou “atraso”, caracterizados pela mídia internacional como conflitos étnicos e tribais oriundos das disputas pré-coloniais. Entretanto, essas guerras não acontecem por algo excepcional às guerras em outras regiões do mundo e em outras épocas: a partir da definição clausewitziana da guerra, está é parte das disputas políticas de todas as sociedades, sendo, portanto, um fenômeno político e um fenômeno histórico-social complexo. Neste trabalho, procurou-se investigar quais seriam as condições que explicam a emergência de diversos conflitos no continente africano no pós-Guerra Fria? Para isso, analisou-se a formação do Estado na África, como se caracterizaram essas guerras e como as mudanças sistêmicas e conjunturais do final da Guerra Fria influenciaram para a emergência dessas disputas. Partiu-se de uma análise de dois níveis – o externo (internacional) e o interno -, assim como da estrutura para a conjuntura: enquanto as mudanças no Sistema Mundial capitalista irão impactar os países africanos e seus conflitos, as respostas desses países e suas classes dominantes às demandas internas também serão responsáveis pelo desencadeamento dessas disputas violentas. Esse trabalho justifica-se pela importância do estudo sobre o continente africano para o Brasil e, por consequentemente, para as políticas externa e de defesa brasileiras, ao entender a África como elemento central para a compreensão das relações internacionais no século XXI.