Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Backes, Carmen |
Orientador(a): |
Fischer, Rosa Maria Bueno |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/28830
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Resumo: |
A tese trata da relação dos jovens com o consumo e parte da constatação de que a adolescência surge a partir da metade do século XX, como categoria diferenciada da infância e da idade adulta e simultaneamente como consumidora por excelência, tornando-se alvo principal da mídia e da indústria do marketing. Analisa o lugar que no social se recorta para o adolescente e sua relação particular com os objetos de consumo – entendendo que esse grupo parece estar predominantemente mais ligado ao delivery, ao self-service e à vida nos shopping centers do que a compromissos políticos, culturais e sociais. Parte da equivocidade da expressão “o que consome o adolescente” e centra a discussão naquilo que o consome. Tomando a Psicanálise como base conceitual, o tema foi abordado a partir da relação do sujeito ao objeto, passando pela sua constituição na relação com o Outro originário, em que o conceito do das Ding remete à mais precoce inscrição do objeto na relação ao outro materno. Analisa o papel da sublimação, como um dos destinos das moções pulsionais originariamente dirigidas ao objeto primordial, pois o processo sublimatório é um modo de haver-se com a falta e buscar outros destinos para as pulsões. A frouxidão na operação simbólica da castração dificultaria este processo, produzindo no adolescente a ancoragem numa inibição. Tal dificuldade pode colocar em jogo uma série de artifícios, dentre eles aquele que elege objetos-fetiche para dar conta imaginariamente de algo que não poderia faltar: o falo imaginário. Conclui-se, na tese, que a aderência ao objeto-fetiche pode se oferecer como possibilidade de trânsito em torno da operação de castração, na relação do adolescente ao falo materno, e que os objetos de consumo tomam forma privilegiada no lugar de auxiliares no encobrimento desta hiância. A pesquisa teórica mostra ainda que, na experiência adolescente, algumas modalidades de recusa da ausência do falo materno entram em vigor, denotando certo funcionamento fetichista, imiscuído na neurose, o que parece convocar o adolescente a fazer uma tentativa de positivação do falo, através de objetos de escolha e compartilhamento coletivo. Finalmente, aponta-se que tal forma de positivação estaria numa relação direta com a dificuldade de inscrição simbólica da diferença dos sexos, ou seja, da operação de castração e da aceitação da ausência do falo; aponta-se ainda que o objeto fetiche ocuparia uma função ortopédica que falha na sua intenção, pois necessita ser reiterado sistematicamente, assim como o objeto precisa ser substituído indefinidamente. |