Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Susan Lusca da |
Orientador(a): |
Lopes, Rita de Cassia Sobreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/218065
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Resumo: |
O presente trabalho tem por objetivo desvelar a experiência da gestação de substituição de mulheres “barrigas solidárias”, considerada uma técnica de reprodução assistida. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, de estudo de casos múltiplos, envolvendo a experiência de gestação de três mulheres que sub-rogaram seus úteros para gestar o embrião de um casal heterossexual. As mulheres “barrigas solidárias” foram entrevistadas, por meio de entrevista semiestruturada, Para cada caso, foi construído um relato clínico, por meio do qual foi possível visualizar a singularidade da experiência da gestação de substituição de cada mulher. São destacados os desafios de emprestar o próprio corpo para gestar um filho que não é seu, comunicados pelas gestantes e traduzidos pela pesquisadora. A empatia em relação ao sofrimento da irmã ou amiga, impossibilitada de gestar o filho em seu próprio corpo, foi o principal motivador que impulsionou as mulheres a serem “barrigas solidárias”. A proposta de ser “barriga solidária” ocorreu dentro de um percurso singular, para o qual contribuiu o relacionamento que ela mantinha com o casal previamente à experiência, bem como as circunstâncias de vida em que ocorreu a proposta de ser barriga solidária. Discute-se o fato de que, ao aceitar fazer a gestação de substituição para realizar o desejo de uma mulher ou de um homem de ter um filho, a mulher “barriga solidária” não se dá conta desses desafios, lançando-se ao desconhecido. Essa experiência é elaborada e reconhecida somente em um a posteriori, especialmente no momento do parto, em que aparecem medos primitivos de morte e solidão, bem como tomada de consciência das transformações no próprio corpo. |