Educação infantil : a educação e o cuidado enquanto espaços de subjetivação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Flach, Flávia
Orientador(a): Sordi, Regina Orgler
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/8343
Resumo: Nos últimos anos, o Brasil tem passado por transformações no que se refere ao desenvolvimento de programas de atendimento à criança pequena. Faz parte da realidade atual de nossa sociedade a entrada de crianças cada vez menores em Creches ou Escolas de Educação Infantil. Muitos são os esforços para tornar essas instituições cada vez mais estruturadas e reconhecidas como espaços fundamentais para o desenvolvimento infantil. Sabemos que os primeiros anos de vida da criança são importantes para o desenvolvimento psíquico e por esse motivo faz-se necessário pensar sobre a relação que se estabelece entre os professores e monitores e os bebês de Berçário I. Este trabalho parte da idéia de que esses profissionais ocupam um lugar na história psíquica dessas crianças. A pesquisa resgata o percurso histórico de como surgiram as primeiras Creches, como era organizado o atendimento à criança pequena, o que representam para essas instituições as modificações ocorridas nos últimos anos e o que se entende, nesse contexto, por educação e cuidado. A partir disso, esta pesquisa traz o olhar da psicanálise a respeito da constituição subjetiva repensando os termos educação e cuidado e refletindo sobre as possibilidades constitutivas das crianças no espaço das Escolas de Educação Infantil. Para tanto, foram escolhidas duas Escolas Municipais Infantis de uma cidade do interior do Estado do Rio Grande do Sul, onde foram realizadas observações em duas salas de aula de Berçário I; também foram ouvidas, em dois momentos as profissionais que lá atuam. Com isso, chegou-se à conclusão de que as instituições pesquisadas sustentam de maneira frágil os quatro eixos que referendam a constituição subjetiva. No caso de uma escola em particular, isso assume proporções alarmantes, já que aponta para uma situação de pobreza simbólica capaz de, no limite, deixar as crianças em situação de risco psíquico.