A escola e a produção de subjetividades : os efeitos das normas e práticas na corporalidade discente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Manzoni, Alexandre da Silva
Orientador(a): Passiani, Enio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/224841
Resumo: Considerando a força dos processos de escolarização na vida moderna o trabalho possui como objeto de estudo as possibilidades de produção subjetiva discente no interior das instituições escolares. O campo de pesquisa é constituído por duas escolas de ensino médio da rede pública estadual localizadas na cidade de Porto Alegre. A primeira delas recebeu o nome de Escola Heterotopia e está localizada próximo à região central, num bairro de classe média e média-alta. A segunda foi nomeada como Escola Piloto, e se situa afastada da região central, num bairro de periferia do município. A questão de pesquisa é colocada da seguinte forma: de que modo os discursos e as relações de poder integram as articulações entre normas e práticas escolares e quais os possíveis efeitos nos processos de subjetivação dos estudantes? O objetivo geral da pesquisa consiste em evidenciar os regimes discursivos e as relações de poder subjacentes em normas e práticas descritas na narrativa escolar como ações pedagógicas. Como objetivos específicos o trabalho elege dois elementos: 1) reconstruir as conexões entre as dimensões normativas das escolas, expostas em Projeto Político Pedagógico, Regimento Escolar, Matriz Curricular etc., e as práticas escolares, de modo a explicitar as condições de possibilidade no horizonte dos processos de subjetivação discente; 2) explicitar a proeminência da corporalidade no processo de escolarização. A hipótese central do trabalho parte do pressuposto de que a escola suspende discursivamente a corporalidade dos sujeitos em seus processos educativos. O percurso metodológico é constituído de análise documental, etnografia, análise de discurso, estudo de caso e etnografia de arquivos. Como algumas considerações finais exibe: as dimensões ideológicas que recobrem as normas e práticas no interior das instituições de ensino, a produção naturalista das alteridades em ambiente escolar, a descorporificação discursiva dos/as educandos/as, a proeminência do corpo nos processos de subjetivação, a universalização do humano na ótica escolar, a censura moral sobre o corpo feminino, as desigualdades produzidas sobre a categoria sexo-gênero, a formação da masculinidade e da feminilidade como produto de distintas condições ontológicas, os estímulos à heterossexualidade compulsória, as relações entre mercado de trabalho e instituições educacionais, as tentativas de implementação do empreendedorismo neoliberal na escola desde perspectivas meritocráticas e do hiperindividualismo capitalista.