De corpo implicado: desafios para o movimento educacional da sociedade contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cinto, Gregory de Jesus Gonçalves [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/143772
Resumo: Neste estudo defendemos o corpo implicado como mecanismo de ruptura diante de políticas de subjetivação controladas pelo mercado capitalista neoliberal. A partir dos conceitos de “biopoder” e “biopolítica”, de Michel Foucault, conseguimos descrever os processos de subjetivação que sintonizam as relações econômicas contemporâneas (produzidas pelo mercado capitalista neoliberal) e o funcionamento psíquico dos sujeitos. Portanto, nesse processo, o corpo sofre uma espécie de “empresariamento”, causado por políticas de subjetivação empreendidas pelo mercado. A eficácia desse tipo de produção é garantida porque o sistema econômico, em sua essência, atua sobre o corpo, explora os processos históricos, econômicos e a constituição humana (o sistema psíquico do sujeito). A escola como parte dos processos de subjetivação contribui para a produção de um tipo de sujeito refém do mercado, sobretudo, quando incorpora os seus valores. Isso ocorre porque as políticas de subjetivação, produzidas pelo sistema econômico global e organizadas pelas suas instituições financeiras, fazem a regulação econômica, humana e institucional. Tais políticas existem para garantir as demandas do mercado. Michel Foucault é a nossa base teórica e, a partir do conceito de “cuidado de si”, nós retornamos aos antigos gregos para apresentarmos uma concepção de corpo, sobretudo na perspectiva do fortalecimento ético e democrático no movimento educacional e cultural da sociedade contemporânea. O “cuidado de si” possibilita o enfrentamento das tensões consigo mesmo, consistindo em estar atento perante o cuidado consigo, com os outros sujeitos e com a natureza. Ele não garante a segurança, mas abre múltiplas possibilidades para a vida. O mesmo podemos dizer sobre o “cuidado de si” na escola, na relação do educador consigo, com os colegas de trabalho, com os alunos e com a natureza (como ciência). O corpo cuidado torna-se mecanismo de ruptura fundamental para enfrentarmos os desafios culturais e educacionais da sociedade contemporânea. É nele que apostamos.