Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Souza, Eduardo Belmonte de |
Orientador(a): |
Bordini, Maria da Glória |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/238832
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Resumo: |
Este trabalho tem como questão norteadora compreender de que modo, partindo do ponto de vista dos diferentes narradores dos romances Música ao Longe, Um Lugar ao Sol e Saga, de Erico Verissimo, é delimitada a identidade pessoal da personagem Vasco Bruno, associando-a ao conceito de história a ser empreendido e investigado nas 3 narrativas citadas. Para tanto, a presente pesquisa, de caráter bibliográfico, apoia-se nos estudos de Norman Friedman acerca do ponto de vista na narração e na categoria literária do autor implícito, delimitada por Wayne C. Booth. Em relação aos modos de compreensão do conceito de história nas narrativas, a dissertação ocupase das concepções de Walter Benjamin sobre o tema. O trabalho se divide em quatro momentos; sendo o primeiro uma retomada teórica de elementos relacionados ao campo conceitual da narratologia no século XX. Após, procede-se à análise dos romances. No capítulo correspondente a Música ao Longe, a partir dos pensamentos de Clarissa enquanto narradora-protagonista ou do narrador onisciente, recolhe de Vasco informações que põem em cheque as suas concepções de tradição, cultura e história, aspecto que se faz presente na organização do romance e no que diz respeito ao primo.No capítulo seguinte, estudam-se os efeitos da multiplicidade de narradores em Um Lugar ao Sol; em Porto Alegre, ele se encontra em uma posição de limiaridade: apresenta similaridades com o flâneur baudelairiano e dele se distancia em virtude de sua situação de desempregado, bem como das injustiças sociais presentes na capital gaúcha na primeira metade do decênio de 1930. Por fim, na análise de Saga, todo o material da narrativa se origina da mente de Vasco, que corresponde ao narradorprotagonista e percebe-se que a forma como ele rememora suas vivências em Jacarecanga, em Porto Alegre e na Espanha se atrelam ao conceito de história empreendido por ele e no romance em questão. Ao cabo, chega-se à consideração de que ao primo de Clarissa é indissociável a virtualidade de um “intelectual em contínua formação”, pois sua constante atitude de análise do espaço que o cerca, das pessoas e do pretérito, bem como seus deslocamentos geográficos, constituem atos estéticos através dos quais propõe dar continuidade à sua formação intelectual, de modo a, por meio de sua arte, empregar visibilidade aos fatos e pessoas negligenciados e negligenciáveis por uma vigente visão histórica conformista. |