O esquecimento na produção romanesca de Erico Verissimo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Maria Cristina Ferreira dos
Orientador(a): Bordini, Maria da Glória
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/215268
Resumo: Há uma vasta fortuna crítica e produção acadêmica acerca das obras romanescas de Erico Verissimo, abordando os mais variados assuntos, como a função do escritor na sociedade, a liberdade, a composição das personagens, as narrativas históricas, a crítica social, o feminismo, entre muitos outros. No entanto, a questão do esquecimento, sua forte presença em todos os romances e como determina os enredos, carece de análise. Dessa forma, esta tese de Doutorado, a partir de pesquisa bibliográfica e análise de documentos do Acervo Literário Erico Verissimo (ALEV), foi desenvolvida com o objetivo principal de fazer a exegese de todos os romances do escritor – Clarissa, Música ao longe, Caminhos Cruzados, Um lugar ao sol, Olhai os lírios do campo, Saga, O resto é silêncio, O tempo e o vento, Noite, O senhor embaixador, O prisioneiro e Incidente em Antares – para evidenciar as ocorrências, através das personagens, dos narradores e dos enredos, dos diversos tipos de esquecimento, isto é, como refúgio, de reserva, involuntário, imposto politicamente e impossível, constatando que este tema é um dos Leitmotive da produção literária do escritor, sendo motriz dos enredos e uma chave de leitura. Além disso, seguindo as premissas de Harald Weinrich (2001), em Lete: arte e crítica do esquecimento, verifica-se que Erico contribui para a história do esquecimento, fornecendo um novo viés para a arte do olvido. Como suporte teórico, são utilizadas obras de Sigmund Freud, Friedrich Nietzsche, Henri Bergson, Paul Ricoeur, Iván Izquierdo, Jacques Le Goff e Pierre Nora. Além disso, a pesquisa realizada no acervo do escritor, localizado no Instituto Moreira Salles (RJ), abrangendo a análise de originais de romances, cartas, agendas, fichamentos e bilhetes, bem como a leitura das suas memórias – Solo de Clarineta - contribuiu para comprovar a hipótese norteadora do projeto.