Velhos e novos ‘instantes de perigo’: ficção e memória em Laura Alcoba e Julián Fuks

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Horbach, Ana Laura
Orientador(a): Lucena, Karina de Castilhos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/250317
Resumo: Este trabalho propõe cruzamentos entre os romances La casa de los conejos (2008), da escritora franco-argentina Laura Alcoba, e A Resistência (2015), do escritor brasileiro, filho de argentinos, Julián Fuks. Esses paralelos se dão a partir da discussão sobre memória e políticas de memória – entendidas aqui como uma série de medidas materiais e simbólicas de rememoração ou esquecimento que têm como objetivo criar memória pública acerca de um fato passado – implementadas no Brasil e na Argentina nas primeiras décadas dos anos 2000. As duas obras analisadas abordam a temática do trauma perpetrado pela ditadura civil-militar argentina (1976-1983) e suas permanências no tempo presente a partir da geração de filhos de ex-militantes e combatentes do regime que “herdaram” o exílio de seus pais. Esta pesquisa, portanto, tem como objetivo compreender os reflexos dessa discussão na forma literária. A partir das proposições metodológicas de Walter Benjamin sobre o tema da memória, da narração e da escrita da história, com atenção especial às teses Sobre o conceito de história (1940), e também amparado em comentadores da obra de Benjamin – principalmente, Jeanne Marie Gagnebin (1982; 1994; 2018), Michael Löwy (2005) e Beatriz Sarlo (2007; 2015) –, este trabalho examina como esses romances autoficcionais elaboram essa experiência de passado e reagem à forma como Brasil e Argentina acertaram as contas com o seu período autoritário.