Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Cristian de Oliveira
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Orientador(a): |
Bungart Neto, Paulo
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Banca de defesa: |
Faedrich, Anna
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Dantas, Gregório Foganholi
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Letras
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2226
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Resumo: |
Esta dissertação de Mestrado em Letras tem como objetivo central o estudo das fronteiras entre o biográfico e o ficcional nas obras Procura do romance (2011) e A resistência (2015), do premiado escritor Julián Fuks. Tais narrativas destacam-se por apresentarem uma literatura robusta, tanto do ponto de vista ético-estético, quanto da perspectiva político-cultural. Se, por um lado, Fuks (2011) oferece um rico material em termos de linguagem, pela precisão de suas descrições pautadas na memória e na autoficção, através de uma textualidade metalinguística e autorreferencial; por outro, em Fuks (2015), percebemos sua capacidade de representar o “não-esquecimento” como resistência, bem como a própria resistência do narrador ao rememorar a história do irmão adotado na turbulenta Argentina da década de 1970. Assim, o escritor garante o seu espaço no cenário da literatura brasileira contemporânea ao tematizar discursos sobre “resistência”, no sentido psicanalítico e histórico-político, de uma família argentina exilada no Brasil, suscitando discussões e apresentando elementos literários pertinentes ao campo da Crítica Cultural e aos estudos sobre Memória. Faz-se importante pensar Procura do romance e A resistência enquanto obras híbridas, que transitam entre a história dos regimes ditatoriais na América Latina e a forma como essas histórias são ressignificadas através da autoficção que surge em tom de reflexão sobre o passado e sobre o próprio fazer ficcional. Assim, da perspectiva historiográfica e memorialística, esta dissertação se fundamenta, principalmente, nos postulados de Hayden White (1992), Michael Pollak (1989), Jacques Le Goff (2003), Roger Chartier (2010), Elio Gaspari (2002a; 2002b), Eric Nepomuceno (2015) e Pilar Calveiro (2013). Dos aportes teórico-críticos agenciados para análise, destaca-se Philippe Lejeune (2008; 2014), Serge Doubrovsky (2014), Philippe Vilain (2014), Philippe Gasparini (2014), Eneida Maria de Souza (2007; 2011), Leonor Arfuch (2010), Beatriz Sarlo (2007; 2018) e Josefina Ludmer (2013), expoentes que contribuíram e contribuem para o que hoje se chama de autoficção em suas diversas formas. |