Às (as) margens da língua: faces do deslocamento no universo estético de Sylvia Molloy e Laura Alcoba
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00105 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13987 |
Resumo: | Esta tese propõe uma análise comparativa entre as obras de duas escritoras argentinas, Sylvia Molloy e Laura Alcoba, que vivem há décadas fora do país e problematizam em sua escrita as relações entre subjetividade, território e língua[s], a partir de diferentes faces do deslocamento, vivenciado e tratado por cada autora sob um viés particular, mas guardando estreitas relações no que diz respeito à importância da memória – e do esquecimento −, da leitura e da escrita como modos de se inscrever em determinadas redes de sentido e filiações. Para tanto, centramos nosso percurso analítico nos seguintes livros: El común olvido (2002), de Sylvia Molloy, que constitui o fio a partir do qual tecemos relações com outros textos da escritora, notadamente, Vivir entre lenguas (2015), Desarticulaciones (2010), Em breve cárcere (1995[1981]) e Citas de lectura (2017); no caso de Laura Alcoba, o corpus contempla La casa de los conejos (2008), El azul de las abejas (2014) e La danza de la araña (2017), todos eles publicados originalmente em francês nos anos de 2007, 2013 e 2017, respectivamente. O mapeamento de percursos e procedimentos tem por objetivo evidenciar como a prática escritural, permeada pela experiência, reinventa os laços com o território nacional e com o campo literário. É o texto, tecido com retalhos, fragmentos, ausências e silêncios, que forja um lugar a partir do qual desenham outras paisagens e encontram caminhos singulares para dizer a dor, a ferida, o medo, as perdas, a desnudez do humano. Desse lugar, às margens da língua, sem, porém, abandoná-la, se abre uma possibilidade de escuta que é também hospitalidade ao que nos têm a dizer aqueles que foram impedidos de falar |