Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ficagna, Cátia Regina |
Orientador(a): |
Bernardi, Juliana Rombaldi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/280616
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Resumo: |
Introdução: A alimentação complementar (AC) é definida como a alimentação no período em que outros alimentos ou líquidos são oferecidos à criança, em adição ao leite materno ou às fórmulas infantis e deve contemplar o consumo de uma variedade de alimentos que atendam às necessidades nutricionais, ao mesmo tempo que apoiem a aquisição de comportamentos, habilidades e atitudes relacionados aos alimentos. Com a introdução de novos alimentos na AC, deve ser dada atenção especial ao monitoramento do estado nutricional da criança visando a identificação e/ou prevenção de possíveis desvios nutricionais. Objetivo: Avaliar o impacto de diferentes métodos de introdução da AC (tradicional, BLISS e misto) sobre o estado nutricional das crianças a partir dos 9 meses de idade. Métodos: Ensaio clínico randomizado envolvendo três grupos distintos de crianças randomizadas aos 5,5 meses com relação ao método de introdução da AC: (A) Tradicional (n=46); (B) BLISS (n=47); (C) misto - método parte tradicional e parte BLISS (n=46). Após a intervenção, dados antropométricos dos lactentes foram obtidos aos 9 meses (n=130) e aos 12 meses (n=131) e os índices antropométricos (peso/idade, comprimento/idade, peso/comprimento e índice de massa corporal - IMC/idade) foram calculados. Um Directed Acyclic Graph (DAG) foi construído para identificar o conjunto mínimo de variáveis necessário para ajustar para confundimento utilizando-se o software online Dagitty versão 3.1. Análise de regressão linear bruta e ajustada foi realizada para avaliar a diferença média nos escores-z dos índices antropométricos das crianças nos grupos BLISS e misto em relação às do grupo tradicional aos 9 e 12 meses. A regressão de Cox foi utilizada para estimar os Hazard ratios (HR) e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) brutos e ajustados para o baixo/elevado peso para idade, o baixo comprimento para idade, a magreza/magreza acentuada e o sobrepeso/obesidade nas crianças, cuja AC foi introduzida por meio dos métodos BLISS e misto em comparação àquelas em que a introdução da AC foi realizada pelo método tradicional ao longo dos seguimentos aos 9 e 12 meses de idade. Resultados: Não foram observadas diferenças médias significativas aos 9 meses quanto aos índices antropométricos das crianças dos grupos BLISS e misto em relação ao grupo tradicional (P>0,05). Por outro lado, após ajuste para confundimento, as crianças do grupo BLISS apresentaram menor média no escore-z de IMC/I aos 12 meses (β ajustado: -0,53; IC95%: -1,03 a -0,03; P=0,035), quando comparadas às do grupo tradicional. Considerando o IMC/I, as crianças do grupo misto apresentaram um risco 89% menor de sobrepeso/obesidade a partir dos 9 meses de idade quando comparadas às do grupo tradicional (HR ajustado: 0,11; IC95%: 0,01 a 0,97; P=0,048). Conclusão: Métodos de AC conduzidos pelos lactentes BLISS e misto demonstraram contribuir para um menor escore-z de IMC/I e ser um fator de proteção para o desenvolvimento de sobrepeso e/ou obesidade nos primeiros anos de vida, respectivamente. |